“Enquanto o governador Aécio Neves (PSDB) constrói o Centro Administrativo do Estado e o Centro Industrial, em Venda Nova, o prefeito Fernando Pimentel (PT) retira R$ 1 milhão da verba de manutenção geral da região, incluindo coleta de lixo, capina e pequenas obras de recapeamento de ruas e avenidas”.

A declaração foi feita pelo vereador Valdivino Aquino (sem partido), parlamentar que pertence à base do prefeito na Câmara Municipal.

Outra reclamação de Valdivino é em relação às obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), previstas pelo governo federal em Belo Horizonte. “Venda Nova foi esquecida pelo governo Lula e pela Prefeitura de Belo Horizonte”, desabafou.

Ele enumera as obras que poderiam ser incluídas no PAC para beneficiar toda aquela região, como o saneamento dos córregos do Capão, Baluarte e dos Navegantes, nos bairros Céu Azul e Piratininga; Madri e Camões, no bairro Copacabana; Várzea da Palma, na Vila do Índio e na avenida Central; córrego da Vila Mãe dos Pobres; Marimbondo, no bairro Santa Mônica; Baleares, no Jardim Europa; Beco, no Cenáculo; córrego das ruas 87 e 88, no Jardim dos Comerciários.

E mais: córrego Copacabana, no bairro Jardim Leblon; córrego das ruas C, 16 e Abolição, no Jardim Europa; córrego das ruas Servidão e Liége, no Jardim dos Comerciários e Jardim Europa; córrego da rua Maria de Lourdes, no bairro Mantiqueira; Lareira, no bairro São João Batista; Ribeirão Vermelho, nos bairros Novo Santa Mônica e Piratininga; e Pedro Feliciano, no bairro Serra Verde.

Valdivino disse que “o prefeito Fernando Pimentel está se esquecendo que ali existem 300 mil eleitores”. Lembrou ainda que, além dos Centros Administrativo e Industrial, Venda Nova está sendo beneficiada também com as obras da Linha Verde, que liga o centro da capital mineira ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins.

Prioridades

O Programa de Aceleração do Crescimento prevê somente para Belo Horizonte mais de R$ 1 bilhão em obras de infra-estrutura social e urbana, saneamento e urbanização de favelas. Para Minas, estão previstos R$ 3, 6 bilhões, abrangendo 43 municípios, inclusive as 23 cidades da região metropolitana, e beneficiando 1,6 milhão de famílias.

Os benefícios nas vilas e favelas são as prioridades da Prefeitura, com licitação imediata e contratação das obras em 2007. São R$ 340,7 milhões de investimento federal do PAC para urbanizar as favelas do Taquaril, R$ 76 milhões; Vila Pereira e Aglomerado Morro das Pedras, formado por oito vilas, R$ 113,5 milhões; 1º de Maio, Engenho Nogueira, avenida Baleares, Terra Vermelha, Bonsucesso, Maria Carmen, Nossa Senhora da Piedade e Piteiras, R$ 18,6 milhões; Aglomerado da Serra, R$ 14,5 milhões; Vila São José, R$ 109,3 milhões; e R$ 8,9 milhões para saneamento ambiental e drenagem.

Os investimentos do PAC para saneamento, em BH, abrangem a canalização da avenida Belém, com R$ 13,5 milhões; ampliação do sistema de tratamento e de destinação final de resíduos sólidos (aterro sanitário), R$ 12,3 milhões, totalizando R$ 25,8 milhões.

Outros R$ 203 milhões, em parceria com o governo de Minas e a Prefeitura de Contagem, virão para urbanização e saneamento da Bacia da Pampulha, R$ 30,8 milhões; Vila Barraginha, R$ 17,9 milhões; e R$ 155,1 para o Ribeirão Arrudas, no trecho entre a avenida Tereza Cristina e o Barreiro.