Audiência pública discute regularização fundiária da vila
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A reunião foi presidida pela vereadora Elaine Matozinhos (PTB) e contou com a presença dos vereadores Anselmo José Domingos (PTC), corregedor da Câmara; Sílvia Helena, Neusinha Santos (PT), líder de Governo da Casa; Tarcísio Caixeta (PT) e Antônio Pinheiro (PSDB).
Localizada na região Sul de Belo Horizonte, a vila Acaba Mundo possui atualmente 1.187 habitantes que residem em 329 moradias. A ocupação começou em 1950, com a instalação da mineradora Lagoa Seca. A principal reivindicação dos moradores é a regularização fundiária. Ocupantes da área desde então, eles ainda não possuem o título de propriedade dos terrenos.
Insegurança
O representante da Associação dos Moradores da Vila Acaba Mundo, José Carlos Araújo, afirmou que a situação gera insegurança nos habitantes, que temem ser retirados das casas. “Além disso, enfrentamos muitos problemas de segurança, saneamento e saúde, por não termos uma situação urbana regularizada”, explicou.
A defensora pública, Ana Cláudia Alexandre, ressaltou que, mais que a segurança da posse, a regularização fundiária da vila se faz necessária para que os moradores tenham direito de participar oficialmente da cidade e ter o devido acesso a direitos, como Saúde e Educação. “É importante que haja a mobilização da sociedade”, afirmou.
A presidente do Fórum de Entidades do Entorno das Mineradoras da Vila Acaba Mundo (Femam), Maria Celeste Reis, disse que o adensamento habitacional na vila é desordenado. “Todas as melhorias que acontecem na região provêm da luta dos moradores”, constatou.
A procuradora do município, Delze dos Santos Laureano, lembrou que a regularização é a única saída para o Acaba Mundo. “O desenvolvimento de programas de ajuda aos moradores não faz sentido, se eles se sentem inseguros e com medo de perder as casas”.
Projeto de lei
Encontra-se em fase de elaboração, na Câmara, um projeto de lei de autoria da vereadora Sílvia Helena, que declara de utilidade pública e interesse social os lotes onde está situada a vila, para fins de desapropriação. “O objetivo é buscar, o mais rápido possível, uma solução para o problema dos moradores”, afirmou a parlamentar.
Também participaram da reunião a representante da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais – Núcleo de Direitos Humanos, Ana Cláudia da Silva Alexandre; frei Gilvander Moreira, da Pastoral da Igreja do Carmo; a arquiteta do escritório de Integração da Puc-Minas, Margareth Maria de Araújo Silva; a representante do Programa Pólos de Cidadania, da Faculdade de Direito da UFMG, Miracy Barbosa Gustin; e o representante do grupo Unitas, Gustavo Carvalho.
Informações nos gabinetes dos vereadores: Anselmo Domingos (3555-1172/1173); Sílvia Helena (3555-1196/1197); Neusinha Santos (3555-1149/1150); Tarcísio Caixeta (3555-1202/1203); e Antônio Pinheiro (3555-1194/1195).
Data publicação:
segunda-feira, 7 Abril, 2008 - 21:00