A Câmara Municipal de Belo Horizonte abriu espaço para a realização do evento de formatura dos alunos do Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD). A reunião se estendeu por todo e dia. Foram formados 760 alunos de diversas escolas da capital mineira. A iniciativa foi da vereadora Ana Paschoal (PT).

A ação trabalha com alunos de 1ªa 4ª séries de várias instituições de ensino de BH na faixa de 9 a 12 anos e já formou mais de 30 mil delas. O objetivo é integrar Polícia, família e escola, oferecendo atividades educacionais e inserindo os estudantes na sociedade, preparando-os para o futuro e exercício da cidadania.

Hoje, as atividades aconteceram pela manhã e também no período da tarde. Estão sendo formadas turmas da 4º séries de Escolas que têm os trabalhos realizados pelas Companhias do 16º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), bairro Santa Tereza. Quem comanda as crianças é o Cabo Santana, da 22ª Companhia.

A proposta surgiu em 1999, com base em experiência de combate às drogas nos Estados Unidos. É, nos dias atuais, aplicado em 58 países e implantado em todo o território nacional em 2002. Chegou ao Brasil por meio da PM do Rio de Janeiro, em 1992.

 De acordo com a Sargento Nésia, da 20º Companhia da PM, foram 420 alunos no turno matutino e 320 agora à tarde: “estamos fechando o semestre letivo das seis escolas com as quais trabalhamos. São duas estaduais, duas municipais e duas particulares (Sesi e Ilumina). Atualmente não temos mais a imagem de repressores. Vimos com o Programa que a polícia passou a ser mais valorizada e é agora amiga das pessoas’’, afirmou a oficial.

A autora da iniciativa, Ana Paschoal, que mora na região do bairro Santa Tereza, está engajada há um bom tempo na causa e falou um pouco sobre o sentimento de fazer parte da história do Proerd: “a vida só tem sentido se vivida na sua integridade. As pessoas estão sobre fortes pressões e medo. Temos que apoiar programas que educam as crianças contra a violência e as drogas. Temos jovens que já morreram e mataram por serem usuários, é preciso reduzir esses números’’, ressaltou a parlamentar.