Conheça os endereços que já abrigaram a CMBH

O número 3100 da Avenida dos Andradas, no bairro Santa Efigênia, é o endereço do Poder Legislativo Municipal em Belo Horizonte. Parte integrante do cenário da capital mineira, ele abriga o parlamento onde são decididas questões cruciais para a vida da cidade, pautando a agenda política local, definindo as leis que irão normatizar a vida em comum e aperfeiçoando as matérias originárias do Executivo. Uma Casa aberta aos cidadãos e plural, já que sua composição representa a diversidade dos moradores de Belo Horizonte.
Rua da Bahia
Mas não foi sempre ali que os vereadores de Belo Horizonte se reuniram. A CMBH já ocupou outros edifícios na capital. O primeiro deles, nos anos 30, quando ainda não era uma Câmara, mas sim um Conselho Deliberativo, foi uma esquina impregnada da história cultural de Belo Horizonte: a rua da Bahia, 1149, no cruzamento com a avenida Augusto de Lima. O prédio, em estilo neoclássico, erguido em 1914, já abrigou o Museu de Mineralogia de Belo Horizonte e hoje abriga um centro cultural.
A Câmara Municipal de Belo Horizonte foi instalada, com um total de 15 vereadores, em 18 de agosto de 1936, pondo fim aos conselhos deliberativos. Com o tempo, o prédio na rua da Bahia se tornou pequeno diante de novos setores criados para dar mais voz ao Legislativo. Além disso, Belo Horizonte recebia uma leva diária de novos moradores vindos do interior de Minas Gerais. A cidade vivia um crescimento urbano acelerado, com consequente aumento do número de seus vereadores. A antiga sede, pequena, deu lugar a um novo prédio.
Rua Tamoios
O centro de uma cidade efervescente cultural e politicamente foi o endereço da uma nova sede da Câmara, em 1973. No dia 12 de dezembro, data em que se comemora o aniversário de Belo Horizonte, a CMBH inaugurou as novas instalações, que receberam o nome de Palácio Francisco Bicalho, em homenagem ao engenheiro que chefiou a construção de Belo Horizonte. O endereço: rua Tamoios, entre a rua Rio de Janeiro e a avenida Amazonas. A transferência foi publicada em 30 de novembro do mesmo ano, com a resolução nº 277.
O endereço na rua Tamoios confirmava sua vocação para servir de sede para as atividades parlamentares, já que entre os anos de 1947 e 1954 o prédio sediou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que de lá migrou para prédio na Praça Afonso Arinos. A Câmara funcionou neste endereço entre os anos de 1973 e 1988, depois o prédio foi demolido.
Avenida dos Andradas
A transferência para a avenida dos Andradas aconteceu a partir de uma resolução (1135/88), em 30 maio de 1988. O prédio que estava sendo construído desde o ano anterior manteve o seu nome: Palácio Francisco Bicalho. O novo edifício, erguido especificamente com o objetivo de abrigar o Legislativo Municipal, foi inaugurado em 2 de julho de 1988, pelo então prefeito Sérgio Ferrara.
Na ocasião da mudança para a nova sede, o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Paulo Portugal, destacou a importância do fato para a democracia e para a capital mineira. Belo Horizonte já tinha ares de metrópole e uma população crescente e já era hora de ter uma sede à altura de uma grande cidade.
Desde então, o prédio, que foi construído em apenas sete meses, passou por duas ampliações. A primeira delas, em 2000, durante o mandato do ex-presidente César Masci, quando foi inaugurado o terceiro andar, com novos gabinetes para vereadores e instalações para a Procuradoria e para a TV Câmara. Com a segunda ampliação, a Câmara ganhou um anexo, ao lado do estacionamento, em frente à avenida Churchill.
A trajetória de Francisco Bicalho se cruza de maneira emblemática com a da capital mineira, nos primórdios da construção da cidade. Em dezembro de 1892, cumprindo determinação da Constituição do Estado de Minas Gerais, nomeou-e uma comissão para escolher onde seria instalada a nova capital de Minas e para liderar as obras. O engenheiro Aarão Reis chefiava a comissão. Em março de 1895, por motivos de saúde, Aarão se demitiu do cargo, sendo, então, substituído por Francisco Bicalho, que permaneceu no comando da comissão até Belo Horizonte ser inaugurada, em 12 de dezembro de 1897.
Além de chefiar as obras de construção da capital mineira, em substituição a Aarão Reis, Bicalho foi autor dos projetos de abastecimento de água da então recém-criada Belo Horizonte.
Informações na Superintendência de Comunicação Institucional (3555-1105/1445).