Estudantes discutem projeto sobre Resíduos Sólidos
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Funcionário da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Heuder Pascete Batista explicou aos estudantes o conceito de lixão (deposições do lixo sobre o solo com presença de vetores – mosca); de aterro controlado (lixo depositado no solo e que recebe cobertura inerte – terra); e de aterro sanitário (disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar dano à saúde e minimizando impactos ambientais).
Heuder explicou aos participantes do projeto, ainda, sobre os tipos de monitoramento que são realizados nos aterros sanitários: monitoramento da qualidade da água, realizado para averiguar se o recurso natural está sendo poluído em seus mananciais; monitoramento sonoro, que indica o que o aterro está provocando de ruídos para os vizinhos; e monitoramento dos gases. Segundo ele, é realizado, ainda, um controle que fornece informações sobre a possibilidade de erosões no solo.
Fonte de trabalho e riqueza
A diretora do Centro Mineiro de Referência de Resíduos, Denise Bruschi, explicou sobre a produção, o consumo e o desperdício. Denise propôs uma reflexão sobre o porquê de produzirmos tanto e de não consumimos de forma sustentável. Perguntou aos estudantes se eles têm consciência do tanto que consumimos de aparelhos celulares e de eletrodomésticos e o quanto descartamos desses bens, com rapidez.
Denise Bruschi lembrou que os resíduos podem ser fonte de trabalho e riqueza, gerar economia de energia e minimizar a poluição, reduzindo, também, o volume a ser aterrado e tratado. Ela falou, ainda, sobre a política dos três RS, que se sustenta em três pilares: reduzir, reutilizar e reciclar.
O Centro Mineiro de Referência de Resíduos oferece oficinas nas quais são confeccionados objetos com material reciclado. O espaço abriga, ainda, eventos e exposições; oferece curso técnico em meio ambiente e em gestão de resíduos - presenciais e à distância – e de cozinha experimental.
Asmare
Alfredo Souza Mattos, integrante da Associação dos Catadores de Papel Papelão e Material Reaprovetável (Asmare), ministrou palestra sobre o subtema reciclagem, explicando como são separados os materiais. Durante sua fala, ele destacou a importância dos catadores de papel para a cidade.
Alfredo, conhecido como Índio, explicou que nos anos 80 a separação dos materiais era feita no próprio local onde os catadores de papel moravam – geralmente embaixo dos viadutos. Índio deu seu relatou sobre a relação entre os catadores de papel e o poder público, queixando-se de que há muita discriminação e perseguição por parte dos fiscais e repressão policial, com a retirada dos catadores das ruas.
A Asmare foi fundada no dia 1º de maio de 1990 pela Pastoral de Rua de Belo Horizonte com um total de 20 membros e realizando pequenos encontros, segundo contou Alfredo. Ele informou que hoje a Asmare oferece oficinas profissionalizantes de marcenaria, reaproveitamento de tecidos e confecção de papel artesanal.
A estudante da Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa, Rafaela Oliveira, afirmou que gostou muito da palestra e que o debate deveria ser levado a outras estudantes. “Os palestrantes deveriam ir às escolas para levar informações sobre esse tema a todos - das criancinhas aos adolescentes –, pois quanto mais cedo as pessoas aprenderem a reciclar e a cuidar do meio ambiente, melhor para o nosso planeta”, disse.
Para o coordenador da Escola do Legislativo, Marcos Mudadu, através da atividade foi possível verificar que os jovens estão engajados na defesa e na preservação do meio ambiente, pois eles demonstraram grande interesse em aprender sobre o assunto abordado.
Informações na Superintendência de Comunicação Institucional (3555-1105/1445).
Data publicação:
terça-feira, 27 Abril, 2010 - 21:00