Corredor Cultural será inaugurado com três exposições nesta quinta-feira
Obras de Yara Tupynambá, registros da História do Legislativo e retratos de ex-presidentes da CMBH compõem as mostras
Foto: Rafaella Ribeiro/CMBH
A Câmara Municipal inaugura, nesta quinta-feira (5/10), às 10 horas, na sede do Poder Legislativo de Belo Horizonte, o Corredor Cultural Alberto da Veiga Guignard, com as exposições temporárias Belo Horizonte da Yara, em homenagem à artista plástica Yara Tupynambá; Belo Horizonte ontem e hoje: Poder Legislativo sempre presente, que propõe uma reflexão sobre a capital mineira a partir das trajetórias dos Poderes Legislativo e Executivo; e a exposição permanente Galeria dos Ex-presidentes, onde estarão expostos os retratos daqueles que estiveram à frente da Câmara Municipal. As mostras artísticas acontecem no âmbito do Programa Câmara Cultural, que prevê, ainda, a seleção de artistas e instituições interessados em expor nos espaços da CMBH, por meio de editais de ocupação, bem como a destinação de, pelo menos, 0,3% do orçamento anual do Poder Legislativo ao programa, podendo tais recursos serem utilizados para o estabelecimento de premiações para artistas participantes das atividades promovidas pela Câmara Municipal.
Sessenta e dois quadros do acervo da artista plástica Yara Tupynambá, bem como peças de cerâmica de sua autoria irão desvelar ao público a beleza e a relevância da obra dessa que é uma das mais importantes figuras da cultura brasileira. A exposição Belo Horizonte da Yara também irá contar com objetos, livros e recortes de jornais que irão narrar a trajetória da artista, que foi uma das mais brilhantes alunas de Alberto da Veiga Guignard, pintor e professor que dá nome ao Corredor Cultural da Câmara.
A mostra trará criações de diversas fases da artista, incluindo obras das décadas de 1950 e 1960, produzidas com diferentes técnicas, como nanquim sobre papel, desenho sobre Eucatex e serigrafia, esta última, usada para representar mulheres importantes na História de Minas Gerais. A exposição a ser inaugurada nesta quinta-feira, na Câmara Municipal, também trará obras de Yara Tupynambá que ainda não foram acessadas pelo público. “A artista conta com um conjunto de obras de arte muito relevante para Belo Horizonte, algumas das quais as pessoas nunca haviam tido a oportunidade de ver e, agora, estarão disponíveis para toda a população na Câmara Municipal”, explica o presidente da CMBH, Gabriel (sem partido).
A exposição também traz registros do painel Guerra e Paz, encomendado à artista pela Câmara Municipal quando sua sede foi transferida para a Rua dos Tamoios, 341, no Centro. Era uma obra de grande formato que ocupava a principal sala do prédio, o Plenário Prefeito Amyntas de Barros, local de discussões e tomadas de decisão relevantes para a municipalidade. Em 1988, no processo de mudança da sede da CMBH para a Avenida dos Andradas, a obra de arte foi destruída. Apesar da perda irreparável de Guerra e Paz, desde 2010 a CMBH possui outro exemplar de valor inestimável em seu Plenário, o mural Belo Horizonte: do século XVIII ao século XXI. Composta por dois painéis de 12X2m cada, a obra de Yara Tupinambá retrata a história da capital mineira a partir da chegada do Bandeirante João da Silva Ortiz, menciona a Comissão Construtora da Nova Capital, a imigração, a reivindicação das mulheres por liberdade e igualdade política e social e a CMBH como elemento chave na busca pela democracia plena.
Tendo realizado mais de cinquenta exposições individuais e mais de cem coletivas, nacionais e internacionais, Yara Tupynambá teve, em 2009, sete murais tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico de Belo Horizonte, sendo uma das principais intérpretes da cultura mineira.
Belo Horizonte ontem e hoje
Belo Horizonte ontem e hoje: Poder Legislativo sempre presente propõe uma reflexão sobre a capital mineira a partir das trajetórias dos seus Poderes Legislativo e Executivo. Nela, são apresentados alguns marcos da cidade ao longo do tempo, como a discussão legislativa que deu origem à nova Capital de Minas, ou a experiência democrática primordial de Belo Horizonte: a primeira Câmara Municipal, que funcionou de 1936 a 1937.
A exposição, realizada pela CMBH, é fruto dos convênios com o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH), que guarda a memória do Executivo e do Legislativo da capital. A parceria, além do tratamento documental, abarca pesquisas históricas e ações de difusão cultural sobre a História de Belo Horizonte.
“Temos uma parceria muito importante com a Fundação Municipal de Cultura e com a Secretaria Municipal de Cultura. Quero, inclusive, registrar os meus agradecimentos à Prefeitura por esta nossa parceria”, destaca o presidente da CMBH sobre o trabalho conjunto que, como ele explica, permitiu à Câmara Municipal promover a exposição que vai “contar a História e a importância do Poder Legislativo, que se mistura com a História da cidade”.
Exposição Permanente
Além das obras de Yara Tupinambá e dos registros sobre Belo Horizonte e o Poder Legislativo, o Corredor Cultural Alberto da Veiga Guignard também irá abrigar uma exposição permanente com os retratos dos ex-presidentes da Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Câmara Cultural
A difusão e promoção da cultura, da memória histórica e das artes locais, bem como a aproximação do cidadão com a Câmara Municipal de Belo Horizonte, são os objetivos do programa Câmara Cultural, instituído pela Mesa Diretora por meio de deliberação publicada no Diário Oficial do Município (DOM) no dia 29 de julho. Além da galeria de arte e exposições, o programa prevê o cineclube câmara; concursos culturais; feiras; festivais; e parcerias culturais.
A seleção de artistas e instituições interessados em expor nos espaços da CMBH será precedida de publicação de editais de ocupação, ressalvados os casos de artistas de renome convidados para esse fim. A CMBH destinará, pelo menos, 0,3% de seu orçamento anual ao Programa Câmara Cultural. Tais recursos poderão ser utilizados para o estabelecimento de premiações para artistas participantes das atividades promovidas pelo Poder Legislativo.
“Após estas exposições inaugurais, teremos um chamamento público pra artistas que queiram propor projetos pra virem fazer suas exposições aqui na Câmara Municipal, inclusive, com possibilidade de premiações”, explica Gabriel.
“Vamos utilizar o hall da presidência, o antigo salão nobre onde ficava a galeria de ex-presidentes e uma outra parte da Câmara que era destinada a salas de servidores para, com esses três espaços, compor uma área dedicada à cultura, à memória, à poesia, tudo resgatando nossa cidade”, explica o presidente. A Deliberação 8/2023 é assinada por Gabriel; pelo 1º vice-presidente Professor Juliano Lopes (Agir); pelo 2º vice-presidente Wesley Moreira (PP); pela secretária-geral Marcela Trópia (Novo); pelo 1º secretário Ciro Pereira (PTB); e pela 2ª secretária Flávia Borja (PP).
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