Audiência pública solicita informações sobre corredor cultural e outras intervenções

A Comissão de Orçamento e Finanças realizou hoje (terça-feira,16/4) audiência pública para discutir a revitalização do entorno da Praça da Estação e a implantação do Corredor Cultural “Estação das Artes”, além de obras de mobilidade urbana previstas para Belo Horizonte. Foram fornecidos dados sobre os calendários das intervenções, os recursos investidos e a contrapartida da Prefeitura de Belo Horizonte, além de informações sobre o andamento do projeto do Corredor Cultural, que conta com a participação de representantes das partes envolvidas.

O requerente da audiência, Adriano Ventura (PT), não compareceu por integrar a comitiva que acompanha a visita da presidente Dilma Roussef a Belo Horizonte. O assessor parlamentar Antônio Galvão transmitiu, em nome do vereador, os questionamentos que motivaram a realização do debate, levantados após a divulgação, por jornais da capital, do projeto do Corredor Cultural. Segundo Galvão, a audiência teve a finalidade de obter maior detalhamento sobre esta e outras intervenções previstas para a cidade, como as fontes de custeio e o período de execução.

Sobre as obras elencadas, o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, José Nogueira Terror, informou que serão executadas pelo governo estadual a ponte de acesso ao Bairro Ribeiro de Abreu e obras de drenagem na região, orçadas em R$ 35 milhões, com cronograma a ser definido; dois viadutos entre a Av. Cristiano Machado e a Av. Waldomiro Lobo, no valor de R$ 30 milhões, com previsão de início em julho de 2013 e conclusão em julho de 2014; além de alças e trincheiras entre a Via 710 e a Cristiano Machado, a serem realizadas entre outubro/2013 e outubro/2014.

Também foi confirmado o investimento de R$ 15 milhões na construção de espaço multiuso no Parque Municipal Américo Renné Gianetti, já iniciada e com conclusão prevista para setembro de 2014; R$ 80 milhões na extensão do Boulevard Arrudas, entre as Ruas Carijós e Rio de Janeiro, a ser executada entre julho deste ano e dezembro de 2014; além de R$ 5 milhões na restauração do Viaduto Santa Tereza (agosto de 2013 a julho de 2014). De acordo com o secretário, em todos os casos a contrapartida do município será de 10% do valor das obras. Ele informou ainda que as informações detalhadas sobre todas as intervenções podem ser obtidas no site da Prefeitura.

Mobilidade, cultura e lazer

Além de melhorias na mobilidade proporcionadas pelos viadutos, pontes, alças e trincheiras, que irão desimpedir pontos de congestionamento do trânsito, o presidente da BHTrans, Ramon Vítor César, destacou os benefícios trazidos pela cobertura do Ribeirão Arrudas no trecho citado. Segundo o gestor, as intervenções, que incluem uma nova alça do viaduto Leste, irão permitir o tráfego de veículos entre as diferentes regiões da cidade sem passagem pelo hipercentro, desafogando as vias locais.

Essa medida, juntamente com a implantação de ciclovias, a revitalização do viaduto Santa Tereza, que inclui a oferta de espaços culturais e de prática de esportes, bem como a construção do espaço multiuso no Parque Municipal, irá alterar a dinâmica da região central, tornando-a cenário de convivência, lazer e atividades culturais.

Corredor cultural

No mesmo sentido, a implantação do Corredor Cultural “Estação das Artes” no entorno da Praça pretende revitalizar e criar espaços para atividades culturais e de lazer, fortalecendo a vocação da área. O projeto da Fundação Municipal de Cultura, orçado em R$ 21,8 milhões, poderá ser integralmente custeado por verba do PAC Cidades Históricas, do governo federal, caso seja considerada viável sua efetivação até a Copa de Mundo de 2014. O representante da FMC, Álvaro Sales, disse que o Ministério da Cultura já sinalizou positivamente ao projeto, mas uma resposta concreta será dada apenas no final de maio.

Membro da Comissão, o vereador Gilson Reis (PCdoB) questionou se a elaboração do projeto vem levando em conta as demandas dos setores culturais e movimentos que já atuam na região, como o Duelo de MC’s e a Praia da Estação. Antônio Galvão questionou se os comerciantes da região já foram ouvidos. Segundo Álvaro Sales, o projeto vem sendo debatido com a sociedade civil por meio da criação de um comitê com representantes da classe artística, movimentos sociais e esportes urbanos, arquitetura e urbanismo, mobilidade e acessibilidade, equipamentos culturais, Conselho Municipal de Cultura, comerciantes e moradores do entorno, além da população de rua, para apresentar demandas e sugestões e acompanhar a implantação das intervenções.

Após ouvir algumas perguntas dos presentes sobre a real utilização dos espaços e quem será beneficiado, ele informou que a Fundação está disposta a ouvir os interessados sobre a utilização dos imóveis e espaços incluídos no perímetro do corredor cultural, que deve abranger desde a Avenida dos Andradas, na altura da Rua Varginha, no Bairro Floresta, até as proximidades do Parque Municipal, além da Rua Sapucaí, e a dialogar com os envolvidos sobre o decreto que regulamenta a realização de eventos na Praça da Estação.

O assessor Antônio Galvão solicitou, em nome de Adriano Ventura, que seja incluído um representante da Câmara Municipal no comitê de acompanhamento do projeto, sugestão acatada pela Fundação Municipal de Cultura.

Superintendência de Comunicação Institucional