VISITA TÉCNICA

Comissão examina condições de funcionamento de crematório

Unidade contruída há oito anos ainda não tem permissão para operar

quarta-feira, 17 Abril, 2013 - 00:00
Vereadores visitam crematório do Cemitério Parque da Colina

Vereadores visitam crematório do Cemitério Parque da Colina

A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor realizou hoje (quarta-feira, 17/4) visita técnica ao crematório do Cemitério Parque da Colina para verificar in loco suas instalações e condições de funcionamento, conforme deliberação em audiência realizada no dia 11/4. O crematório do Parque da Colina foi construído há oito anos, mas ainda não está em operação porque o cemitério não possui licenciamento ambiental, apenas uma outorga para operar serviços mortuários, que permite o funcionamento do cemitério há 42 anos. Os vereadores percorreram as várias salas da unidade e receberam explicações sobre o processo de cremação, custo de manutenção, impacto ambiental e documentos entregues.

O representante do cemitério, Roberto Toledo, informou que amanhã (18/4) serão entregues à Prefeitura mais documentos exigidos para o licenciamento ambiental. Segundo ele, não existe legislação específica sobre concessão de licenciamento de crematório, e a PBH não distingue atividade de crematório da atividade do cemitério. Além disso, ele disse que todos os documentos pedidos para o licenciamento já foram entregues, e reclamou da burocracia – já que muitos documentos passariam pelas mãos de vários técnicos e acabariam perdendo a validade.

Toledo apontou mais duas questões: a Prefeitura exigiria impacto ambiental zero para sepultamento, e isso não seria possível a nenhuma atividade; e que acima do cemitério existe uma vila sem esgotamento sanitário, que pode estar contaminando o solo do empreendimento. Quanto ao impacto ambiental do crematório, ele questiona: “Que prejuízo um forno crematório pode trazer para o meio ambiente? Nenhum. Crematório não é atividade de impacto”, defendeu Toledo. Um técnico do cemitério explicou que uma das câmaras dos fornos crematórios realiza a queima de gases e de qualquer contaminante do meio ambiente.

O vereador Wellington Magalhães (PTN) defendeu o funcionamento do crematório: “O povo de Belo Horizonte está cobrando. Pelo que vimos aqui, já está tudo pronto. Vamos marcar com o prefeito, falta um diálogo maior com o Executivo. Vamos conversar com o prefeito e tenho certeza de que ele vai resolver”. Ele sugeriu que a Comissão entregue os documentos do Parque da Colina em mãos do secretário adjunto Municipal do Meio Ambiente, Vasco Araújo e, posteriormente, marque uma visita ao secretário Municipal de Governo, Josué Costa Valadão. “Não temos que resolver o problema do Cemitério Parque da Colina, temos que resolver o problema de Belo Horizonte”, acrescentou.

“Pelo que vimos, a estrutura está bem feita, apta a exercer a função dela. Eu fico triste, porque o crematório já está pronto há oito anos e não temos cremação, em uma cidade de 2,5 milhões de habitantes, enquanto a cidade vizinha (Contagem) tem. Os belorizontinos estão perdendo. Vamos trabalhar em conjunto para fazer isso acontecer em Belo Horizonte. Será um bem para todos”, afirmou o presidente da Comissão, vereador Elvis Côrtes (PSDC).

Também visitaram as instalações os vereadores Jorge Santos (PRB), autor do requerimento, Juliano Lopes (PSDC) e Joel Moreira Filho (PTC), além do presidente interino da Fundação de Parques Municipais, Homero Brasil Filho.

Superintendência de Comunicação Institucional