AUDIÊNCIA PÚBLICA

Comissão discute tecnologias para recuperação da Lagoa da Pampulha

Em pauta propostas apresentadas pelas licitantes dos serviços

quarta-feira, 30 Outubro, 2013 - 00:00
Comissão Especial de Estudos da Lagoa da Pampulha

Comissão Especial de Estudos da Lagoa da Pampulha

A Comissão Especial de Estudos e acompanhamento das obras de desassoreamento e limpeza da Lagoa da Pampulha recebeu representantes de três empresas que participam do processo licitatório para recuperação da qualidade da água da represa. Requerida pelo vereador Sergio Fernando Pinho Tavares (PV), a audiência, realizada na quarta-feira (30/10), teve como objetivo a discussão das tecnologias propostas pelas licitantes para execução dos serviços.

A proposta da licitante DT Engenharia de Empreendimentos foi apresentada por seu presidente, João Carlos Gomes de Oliveira. De acordo com ele, a empresa propõe que, antes de desembocar na Lagoa, a água seja tratada por meio de tecnologia brasileira. O processo inclui a construção e ampliação de estações de tratamento para atender todos os córregos que desaguam na Lagoa e vai permitir a injeção de oxigênio na represa. Oliveira explica que a mesma técnica está sendo aplicada pela DT Engenharia na despoluição da Baía de Guanabara para os Jogos Olímpicos de 2016.

Já o consórcio formado pelas empresas Vilasa Construtora e Ambiental Petroclean pretende realizar um procedimento de tratamento das águas superficiais da Lagoa da Pampulha por meio de barcos que irão propiciar a injeção direta de oxigênio. Osvaldo Aleixo, representante do consórcio, explicou que o método consiste na sucção da água da Lagoa, que passará por uma câmara de gases para tratamento com ozônio e radical hidroxila. Ao final do processo, a água será devolvida à Lagoa na forma de microbolhas de oxigênio. De acordo com ele, o mesmo equipamento apresentou bons resultados na despoluição do Rio Miami, nos Estados Unidos.

A maior nota na fase de análise das propostas técnicas foi concedida ao Consórcio Pampulha Viva, formado pelas empresas  CNT Ambiental, Hidroscience e Millenium, que pretende utilizar uma técnica australiana de biorremediação conjunta com tecnologia redutora de fósforo para tratar a água da lagoa. No entanto, seus representantes se recusaram a apresentar detalhes da proposta à Comissão. Segundo Igor Van Doornik, representante do consórcio, a recusa se deu em respeito ao processo licitatório, que atualmente se encontra em fase de análise de recursos e contra-recursos pela Prefeitura.

O vereador Sergio Fernando Pinho Tavares (PV) argumentou que a licitação segue os princípios constitucionais da publicidade e da transparência, não havendo qualquer impedimento jurídico à apresentação das propostas à sociedade belo-horizontina. Ainda segundo o parlamentar, a Comissão cumpre seu papel ao acompanhar o processo licitatório, uma vez que é função da Câmara fiscalizar não apenas o Executivo, mas também as empresas que vão receber recursos públicos a fim de prestar serviço ao município.

De acordo com o secretário da Regional Pampulha, Humberto Pereira Júnior, o resultado dos recursos sairá no mês de novembro e, em seguida, serão analisadas as propostas financeiras apresentadas pelas licitantes. A vencedora da licitação, com base neste cronograma, deve ser anunciada ainda este ano. O secretário espera que os serviços de recuperação da qualidade da água da Lagoa sejam iniciados em janeiro do ano que vem.

Assista aqui a reunião na íntegra. 

Superintendência de Comunicação Institucional