PAMPULHA

Moradores querem limpeza e desassoreamento da Lagoa ao mesmo tempo

Vereadores irão marcar nova audiência pública para discutir as técnicas de tratamento da água

sexta-feira, 18 Outubro, 2013 - 00:00
Vereadores irão marcar nova audiência pública para discutir as técnicas de tratamento da água

Vereadores irão marcar nova audiência pública para discutir as técnicas de tratamento da água

Reunida na tarde desta sexta-feira (18/10), a Comissão Especial de estudos da Lagoa da Pampulha recebeu representantes da Prefeitura e dos moradores da região para buscar informações sobre os procedimentos de limpeza e desassoreamento da represa, os impactos para a comunidade e os resultados esperados. A comunidade teme o agravamento do mau cheiro durante o processo de desassoreamento e cobra tratamento da água paralelamente para minimizar o desgaste. Foi deliberada a realização de nova audiência pública, nos próximos 15 dias, para apresentação e discussão das propostas técnicas de limpeza concorrentes no edital de licitação da Prefeitura, que deve ser concluído até o início de novembro. 

“Mais de R$ 300 milhões já foram investidos na recuperação da Lagoa, mas nada mudou. Nenhuma intervenção teve efeito”, alertou o presidente da Associação Amigos da Pampulha, Flávio Marcos Ribeiro. “Oitenta e sete por cento das análises já realizadas indicam ainda a presença de coliformes fecais acima do limite tolerável”, exemplificou o morador, cobrando melhor estudo e planejamento das ações de tratamento, de forma a garantir a manutenção da limpeza e desassoreamento realizados. A comunidade também pede que o espelho d’água volte a tocar as margens da Av. Otacílio Negrão de Lima, que contorna a Lagoa. “Quando a represa foi construída era assim, portanto é preciso desassorear as margens e voltar ao projeto original”, afirmou o morador Carlinhos, liderança da região. 

Desassoreamento

Coordenador executivo do Programa Drenurbs, da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Ricardo Aroeira afirmou que o órgão está “estudando a estabilidade das margens para não ocorrer queda da via durante o processo de desassoreamento”, destacando que o excesso de sedimento teria provocado pressão e mudanças na estrutura viária. 

A Sudecap explicou que o desassoreamento, que prevê a retirada da lama do leito da represa, foi iniciado este mês, e que o tratamento da água deve ser implantado em até 60 dias, com duração de 22 meses, sendo 10 de limpeza e 12 de manutenção. O órgão esclareceu que a poluição da água tende a aumentar temporariamente durante o desassoreamento, em função da movimentação dos sedimentos, mas a limpeza paralela deve minimizar os impactos aos moradores. 

A Prefeitura anunciou que está em processo de elaboração de um plano de manutenção que irá contemplar o controle de entrada de sedimentos na Lagoa e a dragagem regular ou permanente, evitando que se acumulem no leito. O estudo deve ser finalizado nos próximos meses, e será publicado edital de licitação para execução do plano. 

Tratamento

Também morador da região da Pampulha e presidente da Comissão, o vereador Sérgio Fernando Pinho Tavares (PV) destacou que o desassoreamento é extremamente importante, porém, um dos maiores impactos para a comunidade é o mau cheiro da Lagoa, que só seria solucionado com a limpeza da água já represada. O parlamentar afirmou que a comunidade quer discutir o tema a fim de conhecer as propostas apresentadas, os resultados esperados e os possíveis impactos para a região. Nessa perspectiva, será realizada nova audiência pública, nos próximos 15 dias, em que as três empresas participantes da licitação irão apresentar suas tecnologias de tratamento. 

Participaram da reunião os vereadores Sérgio Fernando Pinho Tavares e Jorge Santos (PRB), representantes das secretarias municipais de Meio Ambiente e de Administração Regional Pampulha, além de entidades da sociedade civil organizada e de membros do Consórcio de Recuperação da Bacia da Pampulha. 

Assista aqui a reunião na íntegra. 

Superintendência de Comunicação Institucional