Moradores reivindicam reativação de URPV no Bairro Goiânia

Há cerca de dois anos, uma Unidade de Recolhimento de Pequenos Volumes (URPV) situada às margens do Anel Rodoviário, no Barrio Goiânia, foi desativada. Até deixar de funcionar, o equipamento público recebia entulho, restos de poda, terra e outros resíduos não coletados pelos caminhões de lixo, como pneus, colchões e móveis velhos. Hoje, apesar do fechamento, continuam ocorrendo descartes no terreno, o que levou ao acúmulo de detritos e tem provocado mau cheiro, criando uma situação de insalubridade que leva transtornos a quem vive na região. Para avaliar a situação e buscar soluções em diálogo com a comunidade, a Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana realizou visita técnica ao local nesta segunda-feira (7/5), por requerimento do vereador Gilson Lula Reis (PCdoB). Visando minimizar o problema, será agendada reunião, junto à PBH, com a participação de comissão composta por moradores e membros da Câmara, no intuito de discutir medidas que atendam ao interesse coletivo.
Conforme relatos da comunidade, parte do lixo foi limpo no último domingo (6/5), o que ajudou a atenuar o problema. Para os moradores, no entanto, a solução mais adequada passaria pela retomada do funcionamento da URPV e pela implantação de uma efetiva rotina de fiscalização por parte da Prefeitura. Na oportunidade, eles afirmaram ainda que, há cerca de três meses, formalizaram a demanda à Administração Regional Nordeste e à Superintendência de Limpeza Urbana.
A comunidade denunciou ainda a ocorrência de invasões na área vistoriada, ressaltando que existem, hoje, 40 pontos de descarte clandestino às margens do Anel Rodoviário. Diante disso, os moradores sugeriram a elaboração de projetos de lei para inibir o lançamento de entulho por caminhoneiros, beneficiando, ainda, os catadores de sucata, assim como foi feito em outras capitais.
O vereador Gilson Lula Reis (PCdoB), que requereu a visita técnica, lamentou os problemas locais, como sujeira, presença de ratos, escorpiões e risco de doenças respiratórias. Para ele, a questão é de responsabilidade do poder público e deve ser tratada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), da Secretaria Municipal de Governo e da Administração Regional Nordeste, que não estiveram presentes na visita.
Soluções propostas
Explicando que a área pertence ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), ou seja, à União, e que somente uma pequena parte é de propriedade da Prefeitura, o vereador ressaltou que o Município não pode executar obras no terreno. Portanto, qualquer solução demandaria uma parceria entre ambas as esferas de governo. Desta forma, Reis sugeriu a criação de uma praça no local, por exemplo, com fiscalização permanente da PBH, por meio da SLU e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Propôs, ainda, que a parcela da área pertencente à Prefeitura seja utilizada para a construção de uma URPV, controlada pelo Executivo, com a colocação de caçambas a serem usadas por carroceiros que fazem o transporte de volumes. “Isso reduziria significativamente a quantidade de lixo lançado na região. Segundo os moradores, o DNIT pode conceder à PBH a utilização da área para a construção da URPV”, afirmou. Para o vereador, essa seria uma solução viável, a curto prazo. Outra proposta apresentada por Reis foi a transferência de um ponto do ônibus para local mais próximo de uma passarela, a fim de garantir segurança à população.
O vereador salientou ainda que, já nesta segunda-feira, fará contato com a PBH, para agendar uma reunião até a semana que vem, com a participação de comissão formada por sete representantes da comunidade, buscando negociar soluções para o problema.
Superintendência de Comunicação Institucional
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