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Videocast da CMBH entrevista o vereador Osvaldo Lopes 

Assunto: 
CÂMARA EM FOCO
O jornalista Alessandro Duarte entrevista o vereador Osvaldo Lopes no Plenário Amintas de Barros
Foto: Cristina Medeiros/CMBH

O vereador Osvaldo Lopes (Republicanos) chegou à entrevista para o videocast Câmara em Foco, da Câmara Municipal de Belo Horizonte, “uniformizado”, como ele mesmo fez questão de frisar. Em sua camiseta lia-se a seguinte mensagem: “Autor da lei do fim das carroças em BH”. E é a entrada em vigor da norma aprovada em 2020 que está gerando certa apreensão no parlamentar. “Nós sabemos que haverá enfrentamento nas ruas, que muitos carroceiros não irão obedecer a lei. Mas a Guarda Municipal está preparada, assim como a Polícia Militar, se for necessário intervir”, diz. Na conversa, ele lembra que chegou a ser ameaçado de morte por propor a medida e precisou mudar de endereço para proteger a si mesmo e a sua família. A lei do fim das carroças não é o único orgulho da vida política de Osvaldo Lopes. A criação do Hospital Público Veterinário de BH, no bairro Madre Gertrudes, na região Oeste, é outra vitória comemorada pelo parlamentar. “E no primeiro semestre de 2026, vamos inaugurar o segundo hospital”, garante. O vereador fala ainda da proibição da venda de bichos vivos no Mercado Central, um sonho antigo de protetores; do projeto que cria a Política Municipal de Atenção aos Acumuladores de Animais; e de como a luta pela defesa dos animais pode ser um exercício solitário.  

Fim das carroças

O vereador Osvaldo Lopes propôs o PL que acabou transformado na Lei 11.285/2021, em 2017. Ele lembra dos momentos de tensão vividos pela Câmara, com seguidos protestos de carroceiros. “Por causa das quatro ameaças de morte que recebi, precisei mudar de endereço. Hoje, ninguém sabe onde moro. Fiquei realmente preocupado com a segurança da minha família, porque não sabemos do que o ser humano é capaz”, conta. 

O parlamentar acredita que o mês de janeiro de 2026, quando a lei entra em vigor, será de enfrentamento. Mas está confiante. “O nosso atual prefeito, Álvaro Damião, está preparando com os secretários envolvidos todo o suporte para que os carroceiros não fiquem desamparados”, acredita.  

“Por ser um protetor que virou político, eu sei as nossas mazelas, onde a causa animal precisa de política pública. E as carroças em Belo Horizonte nos incomodavam muito, por convivermos diariamente com cenas de maus tratos. Infelizmente, nem todo carroceiro trata bem do seu cavalo”, afirma. 

Novo hospital público veterinário

Inaugurado em 2021, o hospital público veterinário de BH, na região Oeste, leva o nome  da mãe de Osvaldo Lopes, Odete Ferreira Martins. Foi uma conquista do vereador. Durante a entrevista ao videocast Câmara em Foco, ele anunciou que a cidade deve ganhar seu segundo hospital público veterinário no primeiro semestre de 2026. 

“Nós estamos direcionando uma emenda parlamentar de R$ 2 milhões para abertura desse segundo hospital. Fizemos também uma parceria com o deputado federal Gilberto Abramo, que é presidente municipal do Republicanos, para que ele também coloque R$ 4 milhões. São R$ 6 milhões destinados para a abertura, que deve ocorrer em Venda Nova”, diz.  

Lopes também fala sobre o PL 336/2025, que institui a Política Municipal de Atenção aos Acumuladores de Animais. Entre os objetivos da medida estão identificar e acompanhar os casos de transtorno de acumulação de animais e garantir abordagem humanizada, com avaliação interdisciplinar das condições de saúde mental “do indivíduo acumulador e dos aspectos sociais envolvidos”. 

Segundo o parlamentar, o protetor independente “faz o que o governo não faz”, que é cuidar dos animais de rua. “Quem é protetor de verdade não para de resgatar. Então, é bom que fique claro que, nesse caso, o termo acumulador não é perjorativo”, afirma. 

Venda de animais no Mercado Central

O PL 513/2025, que modifica o Código Sanitário Municipal, pode realizar um sonho antigo dos protetores de animais de Belo Horizonte: proibir a venda de bichos vivos no Mercado Central. Apesar de o projeto vetar o comércio ou exposição de animais vivos em “estabelecimento que produza, beneficie, armazene, manipule, prepare ou comercialize alimentos destinados ao consumo humano”, Lopes deixa claro que o foco é o mercado símbolo da cidade.

“Ali existem maus tratos há décadas, com animais armazenados em jaulas pequenas, mesmo em épocas de muito calor. E se o mercado vende alimentos, não pode vender animais. É uma questão sanitária”, fala. 

Outra motivação para a apresentação do projeto, segundo Osvaldo Lopes, é a situação dos animais em um possível incêndio. “A evacuação de pessoas vai ser imediata, mas dos animais, não. Ninguém vai voltar lá para recolher e tirar aqueles animais daquele espaço”, acredita. 

A venda de animais também estaria sendo feita sem o devido acompanhamento de médicos veterinários, sem vacinação e muitas vezes de espécimes doentes. “Temos muitas experiências de pessoas que compram um cãozinho e depois de dois, três dias ele começa a apresentar sinais de cinomose, parvovirose…”, conta. 

Pouco apoio do Executivo

Apesar de comemorar vitórias, Osvaldo Lopes confessa que o trabalho em defesa dos animais é um tanto solitário. “Tanto o ex-prefeito Alexandre Kalil quanto Fuad Noman não fizeram nada pela causa animal nem pelo meio ambiente. O hospital veterinário, que já fez quase 42 mil atendimentos, só existe por causa de nossas emendas parlamentares”, diz. Para ele, a situação não tem sido diferente em relação ao governo estadual. 

Agora, as perspectivas com o prefeito Álvaro Damião são melhores. “Eu até já falei isso para ele. Sou grato por, pelo menos, o Executivo estar abrindo a possibilidade de ampliarmos as políticas públicas pelos animais. Então, isso me faz sentir um pouco mais confortável, de saber que se bater na porta da prefeitura, seremos bem atendidos”, afirma. 

Superintendência de Comunicação Institucional

Data publicação: 
quinta-feira, 11 Dezembro, 2025 - 13:00
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