A comunicação popular, fora do âmbito dos meios hegemônicos, é uma importante ferramenta de luta frente à violência de Estado ao veicular denúncias e relatos do cotidiano das periferias. Para discutir a importância dessa comunicação e as formas adotadas para registro e afirmação da juventude negra por meio dela, a Comissão Especial de Estudo sobre Empregabilidade, Violência e Homicídio de Jovens Negros reunirá na segunda-feira (13/12), às 9h30, representantes de empresas, veículos, sindicatos de trabalhadores do setor, movimentos sociais e coletivos que atuam em comunidades periféricas. A audiência pública “Juventude Negra Resiste!” será no Plenário Camil Caram, transmitida ao vivo pelo Portal CMBH. Cidadãos interessados já podem enviar comentários, perguntas e sugestões através de formulário disponibilizado pela Câmara.

Requerente da audiência, Iza Lourença (Psol) destaca que a narrativa do cotidiano periférico, não representada nos meios de comunicação hegemônicos, também é um instrumento de escrita da própria realidade, o que possibilita à população uma construção de identidade. Essa identificação é elemento central para a juventude, que demarca e reafirma seu lugar na cidade. A juventude negra e periférica é potência criativa e tem se apropriado dos diversos meios de comunicação e tecnologia para poder registrar sua presença e mudança no mundo. A produção jornalística, radiofônica, fotográfica e de conteúdo para rede social está entre as formas de expressão utilizadas pela juventude negra para afirmar sua existência.

Para a exposição das questões sobre produção de conteúdo na periferia, foram convidados a Empresa Mineira de Comunicação (EMC); Centro de Referência da Juventude; Sindicato dos Jornalistas; Agência de Iniciativas Cidadãs (AIC); Rádio Favela (Autêntica FM); Witness Brasil; Cê viu isso PPL?; Conecta Cabana; Alma Preta; Minas Ninja; Notícia Preta; Coletivo Fala Acari; e Coletivo Favela a Flor que se Aglomera.

Superintendência de Comunicação Institucional