Comissão vai averiguar descarte de lixo em área verde ao lado do Anel Rodoviário

Verificar as condições de uma área verde localizada ao lado da marginal do Anel Rodoviário, próximo ao número 20.300, na Região Noroeste de Belo Horizonte, é o objetivo da Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, que irá ao local nesta quarta-feira (31/8). Braulio Lara (Novo), que requereu a visita técnica, explica que a solicitação da atividade ao colegiado partiu de demanda de cidadão que denunciou descarte irregular de materiais no local, impactando a saúde da população e o meio ambiente, ameaçando inclusive um curso d’água que nasce no terreno. A pedido do requerente, eventuais intervenções ou medidas já previstas pela Prefeitura para o local deverão ser apresentadas pelos gestores convidados para acompanhar os parlamentares. O encontro dos participantes será às 9h30, no Supermercado BH do Anel Rodoviário, à Rua Antônio José de Carvalho, 280, no Alto Caiçara, que fica ao lado da área em questão.
De acordo com verificações anteriores da própria Câmara e reportagens da imprensa local entre 2018 e 2021, o descarte irregular de lixo e entulho às margens do Anel Rodoviário de BH, formado pelas BRs 381 e 040, é um problema recorrente; mais de 40 pontos clandestinos já foram identificados ao longo dos 27 quilômetros da via. A Prefeitura afirma que, por se tratar de uma rodovia, o Município tem restrições para fiscalizar a situação; o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) e a concessionária Via-040, responsáveis por trechos diferentes do Anel, alegam não ter poder de polícia para coibir e punir os infratores. Sem atuar na prevenção do problema, resta aos gestores da via e à Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU) realizar limpezas pontuais na faixa de rolagem e em algumas áreas adjacentes para remoção de resíduos, que vão de sobras de construção, móveis e pneus a lixo doméstico.
Descarte adequado de resíduos sólidos
Para inibir a deposição clandestina de lixo a Prefeitura dispõe de equipamentos públicos adequados. Resíduos de construção, móveis, pneus e colchões, por exemplo, podem ser entregues nas Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs) nas regiões do Barreiro, Centro-Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Pampulha e também Venda Nova, e os endereços podem ser encontrados no site oficial da PBH; lixo doméstico, animais mortos, eletroeletrônicos, resíduos tóxicos, comerciais e industriais não são recebidos. Para punir irregularidades, a Lei 10.534/12 impõe multas de R$2,4 mil a R$ 6,2 mil aos infratores. Especialistas alertam que o acúmulo de lixo e resíduos, especialmente próximo a locais habitados, causa proliferação de insetos e animais peçonhentos, pondo em risco a saúde da população, além de prejudicar o meio ambiente.
Para acompanhar a vistoria, avaliar a situação e pensar formas de coibir a irregularidade, foram convidados representantes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Governo e Coordenadoria de Administração Regional Noroeste. A pedido de Braulio Lara, os órgãos deverão informar a existência de eventuais projetos e planos relativos à área indicada, caso existam.
Superintendência de Comunicação Institucional