MEIO AMBIENTE

Belo Horizonte na vanguarda ambiental

Belo Horizonte na vanguarda ambiental O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lança amanhã, 23 de junho, em São Paulo, uma campanha para incentivar a substituição de sacolas plásticas por alternativas para o transporte e acondicionamento de lixo. Belo Horizonte saiu na frente dessa discussão ao ser a primeira capital que aprovou legislação sobre o assunto.
 

domingo, 21 Junho, 2009 - 21:00

Belo Horizonte na vanguarda ambiental O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lança amanhã, 23 de junho, em São Paulo, uma campanha para incentivar a substituição de sacolas plásticas por alternativas para o transporte e acondicionamento de lixo. Belo Horizonte saiu na frente dessa discussão ao ser a primeira capital que aprovou legislação sobre o assunto.
 
O projeto do vereador Arnaldo Godoy (PT), transformado em lei no ano passado, assegura uma nova relação do consumidor com o meio ambiente, determinando, até fevereiro de 2011 a completa substituição das sacolas e sacos plásticos utilizados no comércio por alternativas ecológicas. “É a contribuição que fazemos à discussão ambiental, pois as atuais sacolas em polietileno são muito poluentes, impedindo a decomposição de lixo orgânico nos aterros e entupindo galerias pluviais e de esgotos, causando enchentes nos centros urbanos ”, lembrou Godoy.

 “Algumas redes de supermercado e de farmácias já se adiantam à lei, adotando o plástico oxi-biodegradável. No entanto, o consumidor belo-horizontino voltar ao antigo hábito de utilizar também as sacolas retornáveis de lona”, sugeriu.
 
A iniciativa foi reconhecida em âmbito nacional, por meio do “Prêmio do Mérito Legislador/2009”, conferido há um mês pelo Instituto de Estudos Legislativos Brasileiro (Idelb), em Brasília. Foram escolhidos os 150 melhores projetos de lei do país que tiveram reconhecida relevância social, como alcance, inovação, repercussão e participação popular.
 
 Um planeta asfixiado

A proibição das sacolas plásticas está na pauta do dia das principais cidades do mundo. São Francisco se tornou a primeira cidade dos EUA a introduzir uma proibição do uso de sacolas plásticas (2007), inspirando leis semelhantes que tramitam na Filadélfia, Boston, Baltimore, Portland e Seattle.
 
No início de 2008, o governo chinês decidiu proibir a distribuição de sacolas plásticas no comércio e fez um apelo aos consumidores para que passem a usar sacolas de tecido ou cesto de palha em suas compras para reduzir a poluição ambiental. Estima-se que com a medida, o país vai economizar 37 milhões de barris de petróleo por ano.
 
Na Alemanha, quem não anda com sua própria sacola a tiracolo é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso dos sacos plásticos nas lojas; na Irlanda, desde 1997, se paga um imposto de nove centavos de libra por cada sacola de plástico (plastax), o que provocou a diminuição de seu consumo em 90% e permitiu angariar fundos para projetos de gestão de lixo.
 
Estima-se que o total de sacos plásticos descartados no mundo é de um milhão por minuto, ou quase 1,5 bilhão por dia, mais de 500 bilhões por ano. Além de serem componentes do entupimento da drenagem urbana e dos rios e córregos, matam o gado que os ingere e contribuírem poderosamente para a formação de zonas mortas de até 70 mil quilômetros quadrados no fundo dos oceanos.


Informações no gabinete do vereador Arnaldo Godoy (3555-1164/3555-1165).