Falta de infraestrutura básica impede instalação de rede de energia e água

As condições precárias de infraestrutura do Bairro Novo Lajedo, na Região Nordeste da capital, foram tema de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, nesta segunda-feira (15/5). De acordo com a Urbel, neste ano, será iniciada licitação para execução das obras, incluídas no Plano de Regularização Urbanística (PRU). Os moradores criticam a demora e dizem que a espera pelas obras já passa de dez anos. Copasa e Cemig informaram que é inviável a instalação de redes de água e de energia no bairro, que não possui infraestrutura básica. A comissão vai realizar visita técnica ao local para verificar de perto a situação enfrentada pela comunidade.

Plano de Regularização Urbanística

Segundo o diretor presidente da Urbel, Claudius Vinicius Pereira, a ocupação existe há 15 anos, crescendo a partir da remoção e indenização de famílias na Linha Verde. Reconhecendo a precariedade do assentamento, ele afirmou que os recursos destinados ao Bairro Novo Lajedo foram uma conquista do Plano de Regularização Urbanística (PRU), projeto contemplado no Fórum de Prioridades Orçamentárias do Orçamento Participativo 2015/2016. De acordo com o plano, a Urbel possui, hoje, cerca de 70 obras a serem executadas, entre os 400 empreendimentos atrasados do Orçamento Participativo. Ele destacou que, neste ano, será iniciada licitação para a realização dessas obras de saneamento, em áreas ou zonas de interesse social.Segundo a Urbel, a estimativa de custo para urbanização da vila é de R$ 40 mil por família, totalizando R$ 100 milhões.

Conforme relatou o gerente de Programas de Inclusão Urbana da Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana, Danilo Cristiano Carvalho Soares, já foram feitas vistorias no local, contudo, é necessário o desenvolvimento de um diagnóstico, no Plano de Regularização Urbanística, juntamente com a Secretaria Municipal de Regulação Urbana; e de um levantamento de áreas de interesse social no Plano Diretor.

Rede de água e energia

Para o gerente do Distrito Noroeste Copasa, Gilberto Gomes Ferreira, o bairro precisa de infraestrutura, de passeios, para que a Copasa possa instalar uma rede de água de qualidade para 10 mil pessoas.

Segundo Ronaldo de Oliveira Rezende, engenheiro de Comercialização da Cemig, também não há como implantar uma rede de distribuição de energia sem uma estrutura básica, devido ao risco de acidentes. É necessário que haja uma definição de grades (alinhamento adequado) e meio fios, para a colocação de postes, sob pena de colocar em risco as moradias, devido à tensão. 

Encaminhamentos

O vereador Jair di Gregório (PP), autor do requerimento que deu origem à audiência, sugeriu a realização de visita técnica ao local, que contará com a presença de representantes da PBH, Cemig, Copasa, vereadores e moradores. O requerimento solicitando a realização da visita será apresentado à Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, para apreciação e aprovação na próxima reunião da comissão, na quarta-feira (17/5).

O vereador propôs, ainda, o encaminhamento de ofício à Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, solicitando melhorias em um campo de futebol no Bairro Novo Lajedo, que não possui nenhuma estrutura de lazer.

Também participou da audiência o vereador Carlos Henrique (PMN).

Superintendência de Comunicação Institucional

[flickr-photoset:id=72157683757310186,size=s]