MERCADO CENTRAL

Descaracterização do Mercado Central é tema de audiência

Com o objetivo de discutir a possível descaracterização do Mercado Central, a partir da instalação da loja de eletrodomésticos Ricardo Eletro, a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo realizou hoje, 8 de abril, audiência pública na Câmara Municipal.

segunda-feira, 7 Abril, 2008 - 21:00
Com o objetivo de discutir a possível descaracterização do Mercado Central, a partir da instalação da loja de eletrodomésticos Ricardo Eletro, a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo realizou hoje, 8 de abril, audiência pública na Câmara Municipal.

“O Mercado Central ultrapassa a fronteira de um simples estabelecimento comercial, pois trata-se de um símbolo do turismo de Belo Horizonte”, ressaltou a vereadora Luzia Ferreira (PPS), autora do requerimento da audiência.

Segundo a parlamentar, a instalação da loja Ricardo Eletro no espaço tem gerado indignação, principalmente das pessoas que freqüentam o mercado. De acordo com o presidente da associação dos lojistas do Mercado Central, Macoud Rabemacker Patrocínio, a loja aguardou cinco anos para adquirir um espaço no Mercado Central e está com a documentação completa e legal. “Não queremos de forma alguma, transformar o mercado em shopping center”, afirmou.

Macoud Rabemacker acrescentou, ainda, que a loja terá um formado diferenciado, para seguir o padrão do mercado. “A Ricardo Eletro terá características de museu, será um paralelo entre o novo e o velho, ficarão expostos eletrodomésticos antigos ao lado dos mais modernos”, explicou.

História

O Mercado Central foi criado em 1929, por iniciativa do prefeito Cristiano Machado, com o objetivo de reunir, em um só espaço, as duas feiras da capital, a da Praça da Estação e a da Praça da atual rodoviária. Como projeto da Prefeitura, o mercado central funcionou até 1964 e, após esse período, os próprios comerciantes fundaram uma cooperativa e compraram o imóvel do município.

A partir de então, o mercado ampliou suas atividades e se transformou em um núcleo não só de produtos alimentícios, mas também de artesanato, comida típica e ponto turístico da capital.

Durante a reunião, Luzia Ferreira sugeriu que o processo de instalação da loja seja feito pela comissão e Fundação Municipal de Cultura. Sugeriu, também, que um requerimento fosse encaminhado à Prefeitura sobre as ações que o município pode tomar para a manutenção das características do mercado.

Estavam presentes à reunião os vereadores Carlão Pereira (ET), Silvinho Rezende (PT), Reinaldo Lima (PV), Ronaldo Gontijo (PPS), o presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública do hipercentro de Belo Horizonte, Lincoln Pereira Nascimento, entre outras autoridades.

Informações nos gabinetes dos vereadores: Luzia Ferreira (3555-1303/1304); Silvinho Rezende (3555-1433/1353); Reinaldo Lima (3555-1168/1169); e Ronaldo Gontijo (3555-1178/1179).