COMISSÃO
Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado

quinta-feira, 20 Novembro, 2008 - 22:00


Na data em que se comemora o Dia da Consciência Negra no país, a Comissão de Administração Pública da Câmara Municipal de Belo Horizonte realizou uma Audiência Pública para discutir a implementação do Plano Municipal de Política de Promoção da Igualdade Racial.
A sessão extraordinária ocorreu às 14h48 no Plenário Amynthas de Barros. Presidida pelo vereador Paulo Augusto dos Santos ‘Paulão’ (PC DO B), a reunião contou com a presença do vereador Hugo Thomé (PMN).
Na ocasião foi relembrado o Encontro Nacional de Negros, ocorrido em Salvador (BA), onde foi debatida a situação da mulher negra. O encontro, realizado nos dias 6 a 9 deste mês, teve a participação de representantes de Guiné, Cabo Verde, Estados Unidos e África do Sul, que abordaram a questão nas esferas nacional e internacional.
Segundo a UNEGRO (União de Negros Pela Igualdade), no continente africano as mulheres negras não possuem apoio de órgãos de defesa, o que contribui para que sejam mutiladas e tratadas como objetos, sem que tenham voz ativa na sociedade. Além disso, ganham salários inferiores aos das brancas.
O vereador Paulão disse que, ao lado da comunidade negra, continua resistindo, para que os problemas sociais e o preconceito em Belo Horizonte acabem.
O vereador Paulão disse que, ao lado da comunidade negra, continua resistindo, para que os problemas sociais e o preconceito em Belo Horizonte acabem.
O parlamentar aproveitou o momento para falar sobre a eleição de Barack Obama para a Casa Branca. “Será uma esperança para a população, que ganha um novo componente para a cultura do negro, mudando o cenário mundial”, explicou.
Movimento contínuo
Na ocasião, o Grupo Musical Meninas de Sinhá fez uma apresentação. Valdete Cordeiro, coordenadora do Grupo, disse que apesar da discriminação continua trazendo alegria ao povo negro, por meio do trabalho, mostrando o valor da raça na sociedade. “Sofremos preconceitos múltiplos”, lamentou. “Por sermos mulheres idosas e negras somos chamadas de macumbeiras, sendo que esse é um instrumento indígena”, comenta. “Cantamos para Zumbi, nosso libertador, e não para a princesa Isabel, como muitos acham. Mas tudo isso não é empecilho para darmos continuidade à nossa luta”, completou.
Na ocasião, o Grupo Musical Meninas de Sinhá fez uma apresentação. Valdete Cordeiro, coordenadora do Grupo, disse que apesar da discriminação continua trazendo alegria ao povo negro, por meio do trabalho, mostrando o valor da raça na sociedade. “Sofremos preconceitos múltiplos”, lamentou. “Por sermos mulheres idosas e negras somos chamadas de macumbeiras, sendo que esse é um instrumento indígena”, comenta. “Cantamos para Zumbi, nosso libertador, e não para a princesa Isabel, como muitos acham. Mas tudo isso não é empecilho para darmos continuidade à nossa luta”, completou.
Compareceram à reunião: Andréia Barbosa, psicóloga e voluntária do Grupo Tráfico Humano; César Vieira, representante do Brasil na Coordenadoria Pan-Americana para a Saúde em Washington (EUA); Juscenira Dias, artesã, representando o Grupo Teia Viva; Maria Elizete, chefe do Departamento de Cultura da Pedreira Prado Lopes; o vereador eleito João Locadora (PT); Francisco Assis, da Associação de Perseguidos Políticos (ASPERP); 48 alunos da Escola Municipal Deputado Renato Azeredo; e Fernando Máximo, representando o deputado estadual Carlin Moura (PC do B).
Informações no gabinete do vereador Paulão (3555-1192/3555-1193) e na Superintendência de Comunicação Institucional (3555-1105/3555-1216).