Analistas de políticas públicas pedem urgência no debate da carreira
Vereadores, conselhos de classe e Executivo discutem cronograma de trabalho que permita solucionar o impasse até abril de 2012. Analistas de Políticas Públicas da Administração Direta da PBH reivindicam a valorização dos 570 profissionais que já atuam em 36 órgãos municipais, oriundos de 25 formações acadêmicas distintas, sem nenhum tipo de gratificação por produtividade

foto da audiencia carreira dos analistas da PBH
Em audiência pública, realizada nesta segunda-feira (31/10), solicitada pelo vereador João Oscar (PRP), a Associação dos Analistas de Políticas Públicas da Prefeitura de Belo Horizonte (Apta), representantes de conselhos de classe e dezenas de servidores da PBH discutiram com o Executivo um cronograma de trabalho mais enxuto, que permita a aprovação de um plano de carreira até abril de 2012, quando se encerra o prazo legal para apreciação de projetos de lei em ano de eleições municipais.
Os analistas reivindicam a valorização da carreira que, como afirmam, recebe o piso salarial de R$ 3.036,00, sem gratificação por produtividade e, apenas nos últimos dois anos, vem recebendo a recomposição inflacionária. Representados pela Apta, os analistas propõem a criação de cargos específicos para cada uma das 25 áreas de formação acadêmica contempladas pela função: biologia, biblioteconomia, psicologia, história, educação física, direito, economia e outras. Os servidores argumentam a inadequação de um cargo generalista (como proposto pelo Executivo) diante das atribuições privativas e qualificação específica exigida de cada analista dependendo de sua área de atuação. Analistas presentes no debate destacaram a existência de profissionais especializados, mestres e mesmo doutores atuando no planejamento e implantação de políticas públicas sustentadoras do governo e, no entanto, desvalorizados no quadro funcional e remuneratório.
A Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos da PBH propôs a formação de uma comissão mista reunindo membros da Prefeitura, representantes da Apta e dos conselhos de classe para discussão da proposta de plano de carreira, absorvendo uma discussão mais ampla no embate entre carreiras generalistas e carreiras especialistas. Em segundo momento, seria realizado um mapeamento dos analistas já existentes no corpo de pessoal da PBH, suas competências e históricos profissionais a fim de compor um banco de talentos que balize, por fim, a elaboração de um novo modelo de carreira, o que se daria em março de 2012. O cronograma previsto, considerado muito dilatado, foi rejeitado pelos servidores, pois não deixaria prazo para a apresentação do projeto de lei à Câmara, sua tramitação nas comissões temáticas, apreciação em plenário em dois turnos e, ainda, análise pelo Prefeito para possível sanção.
Vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Alexandre Gomes (PSB), pondera os prazos sugeridos, lembrando a urgência de se tratar a matéria sem, no entanto, atropelar as discussões necessárias. O cronograma final fica pendente, a ser determinado pela comissão mista sugerida pelo Executivo, já encaminhada ao final da audiência. A publicação dos membros deve ser publicada no Diário Oficial do Município no intervalo de uma semana, de forma a acelerar o início dos trabalhos.
Superintendência de Comunicação Institucional