Vereador vai solicitar estudo para rua no bairro Milionários

A Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana reuniu nesta quinta-feira (1/12) na Câmara Municipal representantes da Prefeitura e moradores da rua Aracapá, localizada no bairro Milionários, região do Barreiro, a fim de debaterem soluções para a via. Segundo a vizinhança local, a rua, que possui forte declive, tem dificultado o acesso de veículos, além de gerar constantes riscos de deslizamentos para os moradores da parte baixa. A audiência foi requerida pelo vereador Sérgio Fernando Pinho Tavares (PV), que vai solicitar estudos técnicos à Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e a reavaliação do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) da rua à Secretaria Municipal de Finanças.

“Aquela rua precisa de mais atenção. Sabemos que o orçamento da Regional Barreiro é pequeno, mas a PBH tem que entender que a situação dos moradores na hora de cobrar o imposto”, ressaltou Tavares. Já o vereador Leonardo Mattos (PV) também criticou a cobrança do imposto no local. “Pagar imposto à Prefeitura por um serviço não prestado é o mesmo que comprar um eletrodoméstico em uma loja e não recebê-lo”, criticou.

O morador Gilvan Dias de Oliveira reclamou que possui dois processos que solicitam a isenção do IPTU para seu imóvel, localizado na parte baixa, considerada mais vulnerável a deslizamentos. “Pago R$ 607 de IPTU e moro no que é a Prefeitura chama de casa-buraco. Não consigo entrar com o carro na minha casa e tenho que pagar garagem do lado de fora”, afirmou. Segundo ele, há cerca de 25 residências apenas na parte baixa da via.

Aline Aparecia, que mora há cinco anos na rua, também criticou o acesso ao local. “Uma senhora com problemas mentais caiu certa vez num buraco e quase morreu. Teve fratura exposta e quebrou todos os dentes. Uma vizinha que ia ganhar neném teve que pular o muro para ir ao hospital para não ter que subir a rua”, reclamou. Os moradores também citaram casos de motoristas de caminhões de entregas de eletrodomésticos e móveis que se recusam a descer a rua por causa da declividade acentuada.

Ações paliativas

De acordo com a gerente de Mobilidade Viária da Regional Barreiro, Viviane Aguida, o que pode ser realizado emergencialmente são ações paliativas, uma vez que a rua exige um projeto com mais recursos. Viviane explicou que a via possui uma declividade em torno de 27 graus, uma inclinação alta que exigiria projeto mais vultoso. Ela citou ainda a possibilidade de que parte da área de mata seja transformada em um parque, uma vez que o terreno é público e considerado fundo de vale.

Algumas das ações emergenciais que poderão ser realizadas pela Regional Barreiro serão a colocação de sacarias de contenção e uma escada hidráulica a fim de facilitar o acesso. “Os recursos da Regional não nos permitem fazer obras de grande porte”, afirmou, sugerindo que as intervenções sejam feitas por meio da Sudecap. “Estamos disponíveis para fazer os estudos e realizar essas melhorias”, reafirmou Viviane.

Assista ao vídeo da reunião

O engenheiro civil Elton Moschioni, da Sudecap, também sugeriu o encaminhamento da reclamação à Diretoria de Projetos do órgão, que poderá, a partir disso, realizar estudos técnicos para elaboração de um projeto. Segundo o vereador Sérgio Fernando Pinho Tavares, os estudos técnicos que vai solicitar à Sudecap poderão incluir a análise da correção da inclinação da via.

Superintendência de Comunicação Institucional