O Acervo como Escola: 80 anos da Escola Guignard
Exposição de peças do Acervo Artístico Museológico da Escola Guignard/UEMG.
Em 1944, pelas mãos do então prefeito Juscelino Kubitscheck, foi criado o Instituto de Belas Artes de Belo Horizonte pelo Decreto Nº 151, de 29 de fevereiro. Dentro do Instituto constituiu-se a “Escola de Belas Artes [com] curso de pintura, escultura e gravura e [que] terá por fim o preparo técnico e artístico de pintores, escultores e gravadores, assim como a instrução superior geral e especializada de que necessitam para o exercício de suas atividades profissionais.
Para dar aulas e dirigir a escola, JK convidou o pintor Alberto da Veiga Guignard. O resto é história!
A antiga Escola de Belas Artes foi rebatizada em 1962 como Escola Guignard e desde então carrega em seu nome uma homenagem carinhosa ao seu 1º professor e diretor.
Nos seus 80 anos de existência, a Escola tem cumprido seu papel de formar artistas e educadores, tornando-se uma das principais escolas de artes plásticas do Brasil.
Nesse seu percurso, ela foi acumulando um acervo de grande destaque no país, que reúne obras de arte, objetos e documentos que agora o público tem a chance de conhecer e rever. Falamos aqui em rever porque o Acervo Artístico e Museológico da escola é uma entidade viva, que tem sido mostrado em várias exposições, não só em Belo Horizonte, como em outras cidades brasileiras.
“O Acervo como Escola” não é uma frase retórica. É algo que a instituição encara como uma missão: ser a fiel guardiã de um legado que deve ser conservado, estudado e compartilhado com a sociedade. Tanto o público em geral, apreciador da arte, quanto o público especializado — estudiosos e pesquisadores — se valem das obras de arte, livros raros e documentos para o aprofundamento de suas pesquisas sobre a instituição e os artistas que passaram pela Escola.
Adriano Gomide
Curador
Professor da Escola Guignard/UEMG