Aterro sanitário da BR 040 em pauta na Câmara

A Câmara Municipal realizou uma reunião especial para discutir a situação da comunidade que vive nos bairros próximos ao aterro sanitário de BH. A iniciativa foi do 2º vice-presidente da Casa, vereador Alexandre Gomes (PSB). Também participaram da reunião os vereadores Wagner Messias ‘Preto’ (DEM), Ronaldo Gontijo (PPS), Autair Gomes (PSC), Wellington Magalhães (PMN) e a 1ª secretária da Mesa Diretora, Maria Lúcia Scarpelli (PC do B).

Os moradores estão preocupados com doenças que podem ter origem devido à presença do aterro nas vizinhanças; na atual utilização da área como local de transbordo do lixo; e o que fazer com o passivo ambiental depois que o local foi desativado, em dezembro do ano passado.

No plenário Amynthas de Barros, moradores ocuparam a tribuna e pediram ajuda para resolver o problema. Eles disseram que doenças de pele, asmas e alergias são comuns entre a população dos bairros Dom Bosco, Glória, Pindorama, Jardim Filadélfia e Califórnia, localizados nas vizinhanças do aterro sanitário.

O líder comunitário Rafael Afonso Silva pediu aos vereadores para votarem a favor do projeto de lei 1.492/07, que autoriza a celebração de convênio da Prefeitura de Belo Horizonte com a cidade de Esmeraldas para a criação de um novo aterro naquele município. O projeto, de autoria do Executivo, chegou à Câmara Municipal em setembro do ano passado e está pronto para votação em primeiro turno.

Diálogo

O vereador Alexandre Gomes disse que a comunidade precisa ser valorizada. “Os moradores do entorno do aterro vivem uma situação grave e precisam ser ouvidos. O diálogo é importante”, afirmou.

O vereador Preto pediu a formação de uma Comissão Especial de Inquérito (CPI), para investigar a questão do lixo em BH. “Moro no bairro Nova Granada e antes de ser construído o aterro sanitário na BR 040, o lixão de BH era em Nova Granada, perto do Morro das Pedras. Lembro do desabamento do lixão, das mortes, das pessoas que viviam doentes. Além disso, a imprensa denunciou irregularidades nos contratos para o tratamento do lixo em Belo Horizonte. Queremos esta CPI para passar tudo a limpo”, ressaltou o parlamentar.

O Diretor Operacional da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Edmundo Martins, explicou aos moradores que o transbordo, feito no local atualmente, é temporário. Disse que até o final do ano estará instalado, em definitivo, em um galpão com capacidade para receber 18 caminhões compactadores e até seis carretas de grande tonelagem.  “Até o final do ano estaremos trabalhando no galpão”, garantiu.

Informações no gabinete do vereador Alexandre Gomes (3555-1170/1171).