Venda de animais no Mercado Central é foco de debates

A proibição do comércio de animais no Mercado Central foi o grande tema dos debates da reunião plenária do dia 7 de outubro na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Apesar da presença de vários manifestantes a favor da medida nas galerias do plenário Amynthas de Barros, o Projeto de Lei 559/10 não foi votado em razão de insuficiência de quórum.
A principal polêmica em torno do PL diz respeito à aplicação da lei exclusivamente ao Mercado Central. Alguns vereadores se declararam favoráveis ao projeto, mas defenderam a ampliação da abrangência da medida.
A vereadora Maria Lúcia Scarpelli, autora do projeto, afirmou que Belo Horizonte não pode permitir esta “situação aviltante”, que é o comércio de animais no Mercado Central.
Alexandre Gomes (PSB) condicionou seu voto favorável à inclusão de emendas, enquanto João Vítor Xavier (PRP) propõe a revisão e reelaboração do texto antes da discussão em Plenário.
Outros vereadores, como Sérgio Fernando (PHS), que deu parecer favorável à matéria na Comissão de Legislação e Justiça, consideram que, ainda que não seja o ideal, o projeto contribui para a regulamentação da questão na capital.
“Se o problema é específico, a solução também deve ser”, defendeu Anselmo José Domingos (PTC), afirmando que o Mercado Central é um caso particular, por ser uma referência cultural e um ponto turístico da cidade, aspecto também apontado por Leo Burguês (PSDB).
Já Leonardo Mattos (PV), que emitiu parecer pela rejeição do projeto na Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, afirmou militar em defesa dos animais, mas criticou duramente o que considera uma “perseguição” ao Mercado Central.
O parlamentar declarou não se intimidar com as “pressões e ameaças” que estaria recebendo, e refutou as acusações de Scarpelli de que estaria agindo para favorecer o estabelecimento.
Durante a reunião foi exibido vídeo-documentário produzido pelo Movimento Mineiro em Defesa do Animais no qual especialistas, veterinários e cidadãos comuns expõem indignação pelas condições e os riscos decorrentes da comercialização de animais no local.
Assista o vídeo compacto da reunião
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