Câmara receberá músicos em luta pelo direito ao exercício da profissão
Categoria afirma que legislação municipal dificulta a obtenção de trabalho
Câmara receberá músicos em luta pelo direito ao exercício da profissão. Foto: Doug Wheller/Licença Creative Commons
Os debates sobre a Lei do Silêncio estão na ordem do dia em Belo Horizonte. No fim de novembro, entrou em vigor no município norma que impede a execução musical na área externa de bares após as 23h. Vetada pelo Executivo, a proposta foi ratificada pelo Plenário da Casa, que derrubou o veto em reunião que gerou muito debate. A decisão, no entanto, suscitou questionamento de músicos, que alegam que estão perdendo espaço para expressar sua arte e garantir o sustento de suas famílias. Para ouvir também o ponto de vista da categoria, a Câmara vai realizar audiência pública na próxima quinta-feira (10/12), às 9h30, no Plenário Helvécio Arantes. Requerida pelo vereador Professor Wendel (PSB), a reunião será promovida pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo.
Músicos da cidade criaram um movimento denominado “Nos Bares da Vida”, para lutar por maior liberdade para o exercício da profissão. Eles acreditam que devido a limitações impostas pela legislação, muitos músicos estão tendo dificuldades de se apresentar, o que impacta suas oportunidades de geração de renda. Ao mesmo tempo, de acordo com os profissionais, leis muito restritivas vão de encontro à vocação cultural da cidade, que é conhecida como a capital nacional dos bares.
Conforme destaca Professor Wendel, a proposta é ouvir os músicos da cidade, de modo a avaliar suas demandas e estudar a apresentação de eventuais proposições capazes de contribuir para o pleno exercício de seu direito ao trabalho.
Foram convidados para a reunião, dentre outros, representantes da Secretaria Municipal de Governo, da Fundação Municipal de Cultura e do Conselho Municipal de Cultura, da Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), do Sindicato dos Músicos Profissionais de Minas Gerais e do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/MG).
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