Plenário

Moção de apoio ao deputado federal Glauber Braga (Psol) é rejeitada

Penúltima reunião de Plenário realizada em maio foi marcada por debates acirrados entre parlamentares 

quinta-feira, 15 Maio, 2025 - 18:15

Foto: Vinicius Quaresma CMBH

Foi rejeitada a Moção 47/2025, que pretendia manifestar apoio ao deputado federal Glauber Braga (Psol), que enfrenta processo de cassação na Câmara dos Deputados. A votação ocorreu na tarde desta quinta-feira (15/5) durante reunião de Plenário marcada por debates acirrados entre parlamentares contrários e favoráveis ao envio da moção. De autoria dos vereadores Juhlia Santos (Psol), Cida Falabella (Psol), Iza Lourença (Psol), Luiza Dulci (PT), Pedro Patrus (PT), Pedro Rousseff (PT) e Wagner Ferreira (PV), a proposição teve 22 votos contrários e será arquivada. Já a Moção 59/2025 (que protesta contra uma resolução que trata do aborto em crianças e adolescentes vítimas de violência sexual) foi retirada da pauta em razão de pedido de suspensão da tramitação apresentado pelo próprio autor, Pablo Almeida (PL) . Confira aqui o resultado completo da reunião.

A moção é uma proposição por meio da qual se manifesta apoio, pesar ou protesto em relação à acontecimento ou ato de relevância pública ou social. Segundo o Regimento Interno da Câmara Municipal, “as indicações e moções serão distribuídas em avulsos e, se não forem impugnadas nos cinco dias úteis seguintes, serão consideradas aprovadas e encaminhadas aos destinatários”. Quando há impugnação (uma contestação formal), a moção é incluída em pauta para apreciação pelo Plenário, como ocorreu com a 47/2025 e a 59/2025.

Entenda o caso
Glauber Braga foi acusado pelo partido Novo de ter expulsado da Câmara, em abril do ano passado, com empurrões e chutes, o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro, enquanto ele participava de manifestação de apoio a motoristas de aplicativo. A cena foi filmada.

Defesa
Os autores da moção de apoio a Glauber Braga defenderam que existe uma perseguição política desencadeada por denúncias feitas pelo parlamentar.

“Glauber denunciou as emendas secretas e o preço dessa denúncia foi se tornar um desafeto do Arthur Lira, que continua mandando mesmo sem estar na presidência da Câmara dos Deputados”, afirmou Juhlia Santos. 

Também foram lembrados casos de parlamentares que se envolveram em brigas, mas não sofreram punição política.

Entretanto, os vereadores contrários ao envio da moção destacaram o fato de ter ocorrido uma agressão dentro do Congresso Nacional e comemoraram o resultado da votação.

“É uma moção desnecessária. Eu pergunto: nós iremos apoiar um agressor? A Câmara de BH deu exemplo, não podemos compactuar com isso”, disse Irlan Melo (Republicanos).

“A gente prega o respeito, por isso não poderíamos apoiar essa moção”, declarou o vereador Sargento Jalyson (PL).  Outros debates ocorreram entre parlamentares com posições ideológicas contrárias, envolvendo críticas ao governo Lula e ao ex-presidente Jair Bolsonaro, entre outros temas do cenário nacional.

Resolução do Conanda
A Moção 59/2025, que também tinha votação prevista, acabou sendo retirada de pauta a partir de requerimento do próprio autor, Pablo Almeida, que pediu a suspensão da tramitação. Dirigida ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), a moção emitia um protesto contra uma resolução do conselho, com argumento de que poderia incentivar o aborto entre as jovens. 

Superintendência de Comunicação Institucional

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