Vereadores apoiam manifestação cultural em bares e restaurantes
PBH se comprometeu a autorizar música ao vivo, DJs, apresentações de teatro e de dança em casas noturnas
Foto: Divulgação CMBH
Uma nova era, muito mais aprazível, se descortina para frequentadores de bares, restaurantes e similares em Belo Horizonte. A PBH reconhecerá, por meio de instrução normativa, que a poesia, a dança, a música e outras manifestações culturais inerentes à atividade comercial, desenvolvidas por este importante segmento econômico na capital mineira, serão permitidas a todos, desde que respeitados os limites da Lei do Silêncio. Em reunião, na quinta-feira (30/3), representantes de artistas, sindicatos, associações e entidades aplaudiram a decisão do prefeito Alexandre Kalil (PHS), “para quem a cidade do não pode acabou”, de acordo com as palavras da secretária municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social, Adriana Branco.
Os vereadores Léo Burguês (PSL) e Gilson Reis (PC do B), defensores do setor, presentes ao evento, elogiaram a medida. Segundo Burguês, a iniciativa permitirá a revitalização de uma importante atividade desenvolvimentista em Belo Horizonte. Na sua opinião, a medida resultará em geração de renda e empregos, por exemplo, na contratação de cumins, garçons, seguranças e artistas. “Essa atividade complementar atua de maneira acessória em bares e restaurantes. Vai dar novo impulso a uma das vocações da cidade”, concluiu. Reis reconheceu que alguns segmentos resistirão à ideia, porque por princípio acham qualquer música barulhenta. “Proprietários destes estabelecimentos sofreram nas mãos dos fiscais com multas ininterruptas”, observou. Ele cobrou uma nova postura da administração frente a esta realidade.
“Os fiscais muitas vezes reconhecem a impropriedade da norma, mas precisam cumpri-la”, explicou a secretária municipal de Assuntos Urbanos, Maria Caldas. Ela adiantou que os alvarás em vigor contemplarão a permissão para exibição de manifestações culturais. Novos pedidos de alvará, informou, se faz pela internet. No passado, complementou, não existiam quaisquer restrições a estas manifestações, mas que por causa dos abusos foi necessário criá-las. ´”E tão bom ouvir que hoje tudo pode”, salientou o presidente da Belotur, Aluizer Malab. Ele lembrou que Austin, no Texas (EUA), mudou o perfil de sua economia a partir do momento em que incentivou as manifestações culturais. Daniel Nepomuceno, secretário municipal de Desenvolvimento, disse que o prefeito Alexandre Kalil, desejoso de uma capital mais alegre, passou um “cheque em branco” para o segmento, mas que este deve ser usado com harmonia e parcimônia.
Superintendência de Comunicação Institucional