QUEBRA DE DECORO

Mais três vereadores convidados pela defesa de Magalhães foram ouvidos

Reunião encerrou a fase de oitivas das testemunhas. Vereador afastado é aguardado para depor no dia 24 de julho

quarta-feira, 11 Julho, 2018 - 15:15

Foto: Bernardo Dias / CMBH

A Comissão Processante que analisa a denúncia de quebra de decoro por parte do vereador afastado Wellington Magalhães (PSDC) ouviu, nesta quarta-feira (11/7), o depoimento das últimas testemunhas do caso. Arrolados pela defesa do acusado, os vereadores Gilson Lula Reis (PCdoB), Jair Di Gregório (PP) e Preto (DEM), afirmaram que Magalhães sempre foi um vereador acessível e atuante, e que na época em que foi presidente apresentou importantes projetos de lei para o município. Já o deputado estadual Durval Ângelo, também esperado para depor nesta quarta, não compareceu e não enviou justificativa de sua ausência. No próximo dia 24 de julho, última reunião da comissão, será a vez do depoimento de Wellington Magalhães.

O vereador Gilson Lula Reis disse que está em seu segundo mandato e que, durante esse período, Magalhães sempre foi uma pessoa muito acessível e prezou pelo diálogo entre os parlamentares. Reis também afirmou desconhecer qualquer processo judicial, bem como qualquer fato que desabone a conduta do acusado, salvo as notícias que são divulgadas pela imprensa.

Questionado acerca dos contratos de publicidade da Câmara de BH, à época em que Magalhães era presidente, Gilson Lula Reis esclareceu que não tinha conhecimento dos recursos investidos, uma vez que não era membro da Mesa Diretora. “Na prática, eu nunca tinha visto tanta propaganda da Câmara como aconteceu no período da gestão de Wellington. Havia uma grande inserção de notícias, quase que diariamente, nos mais variados meios de comunicação”, contou Reis, ao explicar que o processo licitatório para publicidade não foi criado na gestão de Magalhães.

Na mesma perspectiva, Jair Di Gregório afirmou não ter conhecimento de qualquer fato que desabone a conduta de Magalhães e que, pelo fato de estar exercendo seu primeiro mandato como vereador, não participou do funcionamento da Casa no período em que Magalhães era presidente.

Gestão de Magalhães

Último vereador a depor, Preto informou que já exerce o sexto mandato na Câmara de BH, e que foi líder de governo do ex-prefeito Márcio Lacerda no mesmo período em que Magalhães foi presidente da Casa. Preto ainda sustentou que de todos os presidentes que passaram pela Casa, Wellington Magalhães foi o mais atuante.

“Projetos de lei importantes foram apresentados pela Mesa Diretora e aprovados em sua gestão, como o fim do recesso parlamentar no mês de julho e da verba indenizatória e a alteração do registro de presença dos parlamentares em Plenário, com desconto das faltas na remuneração”, informou. Preto também disse que desconhece qualquer fato que desabone a conduta de Magalhães enquanto vereador ou como presidente da Câmara de BH.

Também aguardado para depor nesta quarta, o deputado estadual Durval Ângelo não compareceu nem enviou justificativa.

Encerramento dos trabalhos

No dia 24 de julho, próxima reunião do colegiado, está previsto o depoimento de Wellington Magalhães. De acordo com o presidente da comissão, vereador Dr. Nilton (Pros), após a oitiva, será dado um prazo de cinco dias para as alegações finais tanto da defesa quanto da acusação. 

Já no dia 31 de julho, o relator, vereador Reinaldo Gomes (MDB) deve emitir um parecer pela procedência ou improcedência da acusação, que será votada pelo colegiado no dia 7 de agosto. Na sequência, o parecer será submetido à análise dos demais vereadores que deverão votar até o dia 13 de agosto, em sessão de julgamento realizada pelo Plenário, pela aprovação ou rejeição do relatório.

Superintendência de Comunicação Institucional

Assista ao vídeo da reunião na íntegra.

9ª Reunião - Comissão Processante - Oitivas