Moradores reclamam de limitações para circular em praça no Bairro Saudade
Comissão realizou visita técnica à Praça Louis Braille para verificar a instalação de grades no entorno pela PBH
Foto: Mateus Marotta
A instalação de grades no entorno da Praça Louis Braille, no Bairro Saudade, na Região Leste da Capital, atrapalha o livre acesso da população em uma área de lazer pública. A reclamação é de moradores da região que também contestam o horário de funcionamento do equipamento. Para verificar a situação, a Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor realizou, nesta segunda-feira (09/12), uma visita técnica ao local.
A praça passou por um processo de revitalização e, desde março deste ano, abriga o Projeto Polo Regionalizado de Formação Esportiva, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, que atende cerca de 300 crianças cadastradas de vários bairros próximos. A utilização do espaço é também aberta ao público em geral, sendo que o horário destinado à prática de esportes dos alunos cadastrados tem prioridade.
São três quadras poliesportivas e uma de terra, além do espaço de lazer. Cinco professores ensinam basquete, futsal, handebol, judô e ginástica rítmica. Quatro porteiros e uma faxineira completam a equipe. O horário de funcionamento é das 8h às 18h, de domingo a domingo. À noite, o espaço não funciona, embora duas quadras poliesportivas tenham sistemas de iluminação. “Para funcionar à noite acho que é preciso equipes de segurança, mas durante os dois anos que trabalho aqui não teve nenhum grande problema”, comentou o porteiro Antônio Lopes da Costa, da empresa MGS, que presta serviço pra Prefeitura.
Segundo o vereador Gilson Reis (PCdoB), “é fundamental envolver a comunidade no projeto e na ocupação do espaço da Praça Louis Braille”. Para ele, a impossibilidade do livre acesso em locais públicos fere a previsão constitucional no que diz respeito aos direitos e garantias fundamentais, tanto individuais como coletivos. “É necessário discutir com os moradores o que é mais conveniente para eles”, concluiu.
O coordenador do projeto da praça, professor Guilherme Pessoa, do Instituto Trilhar, empresa que venceu a licitação para gerenciar o espaço esportivo por um ano, informou que outras melhorias estão previstas para serem implantadas, como a colocação de grama sintética na quadra de terra e agendamento de horários para a utilização das quadras pela comunidade. Segundo ele, o compartilhamento do espaço pelos alunos cadastrados e pessoas da comunidade funciona atualmente sem problemas significativos. Ele é favorável ao funcionamento do espaço à noite, mas considera que “a iluminação da praça é insuficiente”. Pessoa informou também que as aulas de judô, que atendem mais ou menos 50 crianças, e de ginástica rítmica, com aproximadamente 40 alunos – “a maioria meninas” – são feitas em um galpão da Prefeitura, próximo a Praça Louis Braille. “Quando tem alguma apresentação de judô é montado um tatame na quadra coberta, onde também se apresentam as jovens ginastas”. Ele destacou que os alunos cadastrados podem praticar mais de uma modalidade esportiva e “quem quiser pode fazer todos os esportes”.
Além de Gilson Reis, subescreveram a solicitação da visita técnica à Praça Louis Braille os vereadores Pedro Patrus (PT), Maninho Félix PSD) e a vereadora Bella Gonçalves (Psol).
Superintendência de Comunicação Institucional