Vereadores participam de evento em comemoração aos 156 anos do Barreiro
Prestigiando as comemorações promovidas pela Regional para celebrar a data, cinco vereadores da capital que têm sua história de vida e atuação política ligadas à região compareceram ao Restaurante Popular do Barreiro nesta sexta-feira (11/8), onde diversos grupos de terceira idade participavam de um dos eventos da programação. Os parlamentares declararam o amor pelo bairro e reforçaram as principais demandas da população.
Além de confraternizar com o grande número de presentes, em sua maioria integrantes dos 35 centros de convivência para idosos da região, os vereadores Ronaldo Gontijo (PPS), Gunda (PSL), Henrique Braga (PSDB), Adriano Ventura (PT) e Toninho da Vila Pinho (PTdoB) aproveitaram a ocasião para manifestar o orgulho e a satisfação por ali viver, o carinho que sentem pela comunidade e a disposição de continuar lutando pela constante melhoria de suas condições de vida.
Ronaldo Gontijo ressaltou que o local onde cresceu e formou sua família abriga hoje a maior arrecadação do município e também o maior colégio eleitoral. Para Henrique Braga, que vive no local desde 1966 e acompanhou “passo a passo o crescimento e desenvolvimento da região”, ela é “a estrutura que mantém Belo Horizonte”. Segundo o vereador, se fosse desmembrado da capital o Barreiro seria “a segunda maior cidade do estado".
Declarando-a como o “lugar do coração, escolhido para viver e ser feliz”, Adriano Ventura destacou a qualidade do clima, da vista e da água da região, devido à vizinhança com a Serra do Rola Moça. Já Toninho Pinheiro da Vila Pinho, que há mais de trinta anos habita o bairro do qual herdou o nome, acredita que o trabalho e as conquistas em prol do Barreiro podem torná-lo “a melhor região de BH”.
Já o vereador Gunda, “nascido e criado” no bairro Lindéia, ressaltou que apesar da grande extensão e modernização ainda se percebe a semelhança do local com “uma cidade do interior, onde todos se conhecem”.
“O Barreiro é como uma grande cidade, temos um comércio muito bom, mas ainda existe amizade e companheirismo entre os vizinhos”, elogiou a moradora Dorotea Flister de Moro, filha de alemães, que mora há 53 anos no Santa Margarida, um dos bairros da região. “Tenho cidadania alemã e italiana, mas é aqui que eu amo, é aqui que eu quero ficar”, afirmou.
Transporte, saúde e drenagem
Apesar dos progressos verificados nos últimos anos, especialmente as grandes obras de infraestrutura como abertura e alargamento de avenidas, bacias de detenção de córregos, implantação do programa Vila Viva e a construção do Hospital Metropolitano, vereadores e moradores apontam a necessidade de melhorias na região.
A exemplo de D. Dorotea, o morador Roberval Pedro de Oliveira, que mora há 44 anos no bairro Lindéia, aponta como principal demanda da região a implementação de uma linha de metrô. “Aqui é muito bom, mas é preciso melhorar o transporte, e também a saúde, que poderia ter mais postos de atendimento”, comentou.
A luta pela implantação do metrô na região vem mobilizando os vereadores e é considerado o principal objetivo a ser alcançado para melhorar a mobilidade e a qualidade de vida dos habitantes da região. Durante o evento, os parlamentares colheram assinaturas em um abaixo-assinado que será levado a Brasília no próximo dia 22.
“O metrô é um sonho de todos os barreirenses, que merecem um transporte rápido e de qualidade”, destacaram Toninho Pinheiro e Henrique Braga. Assim como Adriano Ventura, Ronaldo Gontijo apontou ainda as carências na área de saúde. “O Hospital Metropolitano é uma esperança para ajudar a resolver esse gargalo”, acredita. Para Gontijo, o poder público também precisa voltar os olhos para a questão da drenagem. “A cada tempestade a região é muito atingida por alagamentos, sofrendo prejuízos e até mortes”, lamentou.
Mais antigo que BH
Conforme atesta documento de registro das terras, datado de 3 de agosto de 1855, o Barreiro é mais antigo que a capital. Antigamente ocupada por uma grande fazenda, que foi desmembrada, a ocupação populacional se deu a partir da passagem da estrada de ferro Central do Brasil em 1919, da instalação de uma grande olaria e posteriormente a implantação da Companhia Siderúrgica Mannesmann, em 1953, que atrairam um grande número de funcionários para a região.
Desde então, as hortas e chácaras deram lugar a indústrias e grandes redes de comércio. Hoje, a região é formada por 80 bairros e vilas e seus 283 mil habitantes dispõem de uma ampla rede de serviços públicos e comerciais, shopping centers, faculdades e importantes avenidas.
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