TRANSPORTE E SISTEMA VIÁRIO

População reclama de engarrafamentos e obras inacabadas na Via 240

Parlamentares denunciam quebra de contrato por empresa que interrompeu circulação de ônibus por falta de combustível 

quinta-feira, 24 Fevereiro, 2022 - 17:30

Foto: Divulgação/BHTrans

A falta de transparência por parte da Prefeitura, que interditou um trecho da Via 240 (Avenida Risoleta Neves, próximo à Estação São Gabriel), Região Nordeste de BH, e não informou à população o que está sendo feito e nem por quanto tempo a pista vai permanecer fechada, motivou Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário a aprovar um pedido de informações ao prefeito Alexandre Kalil (PSD), nesta quinta-feira (24/2). A medida impacta o trânsito e atinge moradores que usam o trecho como ligação entre a Região Norte e a Avenida Cristiano Machado. O colegiado também vai cobrar da PBH informações sobre obras e serviços de tratamento do fundo de vale e controle de cheias na Bacia Córrego do Nado, que não foram finalizados no prazo contratual. Em atenção a demandas populares do Conjunto São José, Região da Pampulha, serão enviadas ao Executivo indicações para construção de uma escola de educação infantil e recuperação de áreas impactadas por desmoronamento. Ainda durante a reunião, os vereadores se manifestaram contra o que chamaram de "quebra de contrato" por parte da empresa São Dimas Transportes, que manteve os veículos na garagem nesta quinta-feira (24), alegando falta de  combustível.  

Via 240

A pedido de Marcela Trópia (Novo), o colegiado aprovou um pedido de informações sobre as obras na Via 240 (Avenida Risoleta Neves) e entorno da Estação São Gabriel, destinado ao prefeito e ao secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão. A parlamentar justificou que tem recebido relatos que apontam transtornos à população que reside no entorno. O colegiado pede que seja enviado um cronograma com previsão para a conclusão total da obra, pergunta quais os gastos relacionados. 

Córrego Lagoa do Nado

O fim do prazo contratual antes do término das obras de tratamento do fundo de vale e controle de cheias na Bacia Córrego do Nado causou estranheza ao vereador Gabriel (sem partido), que solicita informações sobre o que está pendente e como se dará o pagamento dos serviços, tendo em vista o fim do cronograma previsto. Segundo o requerimento, falta tratamento paisagístico, interceptores de esgoto, cercamento e revegetação de boa parte do perímetro das áreas remanescentes, além de construção de duas praças de convivência para a população.

Conjunto São José 

A indicação para que a secretária municipal de Educação, Angela Dalben, atenda à demanda da comunidade por uma Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) no Bairro Manacás, na Pampulha, também recebeu aval da comissão. Em seu requerimento, Macaé Evaristo (PT) argumenta que moradores do Conjunto São José reivindicam a escola desde meados de 2010. A petista também sugeriu ao superintendente de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Henrique Castilho, por meio de indicação, que sejam realizadas obras nos prédios do Conjunto São José (Rua dos Abacateiros, 35) para a devida recuperação das áreas onde houve desmoronamentos, queda de muro e trincas.

Ônibus sem combustível

Os vereadores se manifestaram sobre o transporte público em BH, que nesta quinta-feira (24/2) teve o serviço interrompido parcialmente sob a alegação da empresa São Dimas Transportes de que não tinha combustível para circulação dos veículos. Os ônibus ficaram estacionados na garagem, deixando de atender cerca de 22 mil passageiros na capital mineira. "Até quando vamos presenciar o descumprimento de contratos por parte das empresas de ônibus?", indagou Wesly (sem partido). O parlamentar cobrou da PBH medidas urgentes para evitar que os “clientes” do serviço de transporte público na cidade não fiquem abandonados. “Os clientes não estão andando de graça”, afirmou. O parlamentar lembrou que já foi aprovado requerimento solicitando a participação do Ministério Público no assunto.

A segurança do passageiro pautou a fala de Wilsinho da Tabu (PP): “se não há verba para combustível, possivelmente os ônibus estão circulando sem manutenção e colocando em risco a vida dos passageiros. Isso é um absurdo.” Rubão (PP) lembrou que recentemente a vida útil dos veículos aumentou de 10 para 12 anos, com a anuência do prefeito. Para ele, a medida, junto com a falta de manutenção, vai acelerar o processo de sucateamento da frota. “Assim fica difícil manter a segunda passagem mais cara do Brasil”, ironizou. Ao concordar com o colega sobre o alto custo da passagem, Braulio Lara (Novo), enfatizou que o cidadão quer entender como a PBH chegou neste valor de R$4,50 . Sobre a falta de circulação dos veículos da empresa São Dimas, ele afirmou que espera que  a PBH tenha seriedade no trabalho de fiscalização do cumprimento do contrato vigente”. 

Superintendência de Comunicação Institucional