Seis mil alunos de 13 escolas de BH participam de eleição para vereador mirim

Em 13 escolas da cidade, a lição desta quinta-feira (26/5) para 6 mil alunos do ensino fundamental foi de cidadania. Com a ajuda de urnas eletrônicas oficiais, fornecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), eles elegeram 26 vereadores mirins, entre 135 candidatos. Na Escola Municipal Minervina Augusta, no Bairro Campo Alegre, a votação foi acompanhada pela vereadora Professora Marli (PP) e por representantes da Secretaria Municipal de Educação e do TRE-MG, parceiros do projeto Câmara Mirim, iniciativa de formação cidadã da Câmara Municipal promovida pela Escola do Legislativo. Até outubro de 2022, os eleitos participarão de atividades formativas que simulam o processo legislativo, inclusive elaborando sugestões de proposições que poderão ser apreciadas pela Comissão de Participação Popular e, caso aprovadas, se tornar indicações ou projetos de lei. A posse dos vereadores mirins será em 22 de junho, no Plenário Amynthas de Barros.

“Eu acho que a nossa esperança está toda nos jovens e eu, como representante da Câmara, vejo que a gente precisa conscientizar todos os jovens para a vida política, que hoje é assunto em tudo o que a gente faz na vida”, afirmou Professora Marli, que acredita que os alunos possam apresentar projetos que sensibilizem os vereadores.  

Roberta Tavares Alves, do 9º ano, também crê nessa sensibilização da Câmara para as demandas apresentadas pelos estudantes. Ela considera importante a eleição para “dar nossa opinião e levar para dentro da Câmara, para pessoas que podem melhorar o que a gente precisa dentro da escola”.

Também aluno do 9º ano e candidato, Renan Fonseca considerou que, por ainda não poder exercer seu direito de votar, a eleição para vereador mirim é uma oportunidade de dar voz aos anseios das escolas e da sociedade como um todo. “Eu acho que o vereador é um porta-voz da sociedade, que faz com que todas as coisas que a gente precisa dentro de um bairro e dentro da nossa cidade sejam feitas. E eu acho que o vereador mirim vai ser um porta-voz das escolas e da sociedade também”, disse Renan.

Funcionamento do projeto

Segundo o gerente da Escola do Legislativo, Roberto Edson de Almeida, além de legislar, fiscalizar e representar, a Câmara, por meio da Escola do Legislativo, pode ter função educativa ao levar para a sociedade o entendimento do papel do vereador, do Legislativo e de como o cidadão pode participar desse espaço político. “Se a Câmara não levar para o conhecimento do cidadão o que o parlamento faz, até a cidadania fica prejudicada. O Câmara Mirim é um dos projetos que materializa esse trabalho”, explicou.

Uma vez eleitos, os vereadores mirins vão aprender sobre o Legislativo simulando o próprio funcionamento da Câmara. Para isso, vão realizar audiências públicas, montar comissões, eleger a Mesa Diretora, além de propor, discutir e votar projetos. As atividades serão realizadas durante oito encontros, sendo a maioria deles na CMBH. Entretanto, um dos eventos cruciais do projeto ocorre nas escolas, permitindo ampla participação da comunidade escolar – a audiência pública, que ocorrerá nas 13 unidades participantes entre os dias 13 de junho e 19 de agosto.

Para o coordenador do Câmara Mirim, Thiago José Rodrigues de Paula, o evento tem papel fundamental, pois, a partir dos temas levantados na audiência serão discutidos projetos e montadas comissões relacionadas a essas propostas. As proposições consolidadas serão, posteriormente, apresentadas em reunião plenária, em 28 de setembro, última atividade antes do encerramento desta edição, em 26 de outubro. A audiência demonstra o trabalho de pesquisa a ser realizado pelos vereadores para obter conhecimento sobre determinado tema antes de fazer proposições, além de potencializar a relação de representação entre o parlamentar e os eleitores. “A gente quer mostrar que o parlamento tem um vínculo constante com a comunidade”, afirmou Thiago.

Superintendência de Comunicação Institucional