Demandas para ciclovia da Pampulha são avaliadas em visita técnica
Mesmo após reforma, há a necessidade de mais travessias elevadas, placas indicativas e retirada ou adequação de redutores
Foto: Cláudio Rabelo/CMBH
Implementação de adequações na ciclovia da orla da Lagoa da Pampulha será avaliada pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smobi) e pela Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), pondendo vir a ser concluída nos próximos meses. A informação foi dada por representantes dos órgãos durante visita técnica solicitada pelo vereador Jorge Santos (Republicanos) à Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário. Mesmo com a conclusão de obras de revitalização que custaram R$ 5 milhões aos cofres públicos, a ciclovia apresenta problemas como excesso de quebra-molas, ausência de placas e de pinturas e falta de travessias elevadas. Na visita técnica, ocorrida na manhã desta quarta-feira (17/8), além de representantes da empresa de trânsito e da Sudecap, estiveram presentes dirigentes da Coordenadoria de Atendimento Regional Pampulha e da empresa responsável pela obra.
O trecho da ciclovia da Pampulha que foi revitalizado tem 7.1 km de extensão e compreende o intervalo entre a Rua Garoupas e o Clube Belo Horizonte. De acordo com o projeto, além da elevação da ciclovia ao nível da calçada, a adoção de uma largura padrão de 2,5 metros e separação física da pista de caminhada, também seriam executadas travessias elevadas em todas as interseções e locais de visitação turística, readequação da microdrenagem e novas sinalizações horizontal e vertical. Viabilizadas por meio de consulta pública realizada pela PBH, as intervenções tiveram início em agosto do ano passado e foram concluídas no último mês de julho. Ao final das obras, porém, ciclistas que utilizam a pista se queixaram da ausência de pontos que já haviam sido acertados no projeto, como sinalização vertical, travessia elevada na esquina da Otacílio Negrão de Lima com Rua Ministro Guilhermino de Oliveira e em relação ao número de quebra-molas.
Travessia elevada
O projeto de revitalização da ciclovia da Pampulha foi construído com a participação da comunidade, e, na Câmara Municipal, as obras foram objeto de audiência pública, visita técnica e pedidos de informação. Uma das intervenções importantes, prevista no projeto e que não foi feita, é a travessia elevada na esquina da Otacílio Negrão de Lima com Rua Ministro Guilhermino de Oliveira. O trecho, que recebe um grande fluxo de veículos vindos da Avenida Portugal, não apresenta segurança na travessia de ciclistas e pedestres. Segundo o supervisor de Projetos e Obras Especiais da BHTrans, Mauro Luiz Oliveira, o projeto total contemplava quatro elevações, mas, por falta de recursos, esta, em questão, deixou se ser feita. Questionado pelo vereador Jorge Santos sobre qual seria o encaminhamento para viabilizar a elevação do trecho, o gerente informou que a demanda será avaliada. "Estamos com processo licitatório em andamento e se ele for concluído dentro de 60 dias, a BHTrans terá condições de executar esta obra", afirmou. Outra possibilidade apontada é que a intervenção seja concluída pela Sudecap, o que ficou de ser levado para avaliação do secretário Municipal de Obras e Infraestrutura (Smobi).
Sinalização vertical e horizontal
Outra queixa dos ciclistas é quanto à sinalização horizontal, aquela feita diretamente no asfalto, e a vertical, feita por meio de postes. Segundo o vereador, as pinturas no chão já estão apagadas; e a sinalização aérea, formada por placas que indicam que a pista de veículos deve ser compartilhada com ciclistas, está em quantidade insuficiente, o que compromete a segurança.
Questionado por Jorge Santos, o supervisor da BHTrans e também o assessor da Smobi, Nivaldo Tadeu, explicaram que a sinalização no chão não está apagada, e sim suja, em função dos vários dias sem chuvas na cidade, o que deixa a pintura coberta do óleo. Técnicos da empresa levaram água e bucha para demonstrar que com água a pintura volta a se destacar. "Toda a cidade está assim. Estamos há mais de 90 dias sem chuvas. Quando vier a chuva, vai lavar o asfalto e destacar a pintura", explicou Nivaldo Tadeu.
Já sobre a sinalização aérea, segundo Mauro Luiz, esta não estava prevista no projeto, embora fosse uma demanda da comunidade de ciclistas. Hoje, ao longo da ciclovia, existem nove placas indicando pista compartilhada (carros e bicicletas) e, para o vereador, há a necessidade de ao menos outras 11. Segundo o supervidor da BHTrans, já existe contrato de sinalização ativo na empresa e a demanda deverá ser atendida, ampliando para 21 o quantitativo destas placas.
Redutores de velocidade
Já a quantidade de quebra-molas tem dividido as opiniões dos que utilizam a ciclovia: alguns entendem que eles aumentam a segurança, mas outros argumentam que o excesso traz transtornos. Fato é que a via já possuía alguns quebra-molas e, com a colocação de três novas elevações para travessia de pedestres, ao longo de 7km, alguns redutores ficaram muito próximos, fazendo com que o ciclista passe por várias ondulações seguidas, como é o caso do trecho próximo ao Museu de Arte da Pampulha (MAP), onde foi instalada uma das travessias.
Segundo o assessor da Smobi, é preciso avaliar bem a retirada desta sinalização porque o custo para se retirar um quebra-molas chega a ser o triplo do que se gasta na sua instalação. Perguntado por Jorge Santos sobre o que pode ser feito, Nivaldo Tadeu sugeriu que uma avaliação criteriosa seja feita pela comunidade, juntamente com o parlamentar, e que, a partir daí, sejam indicados aqueles quebra-molas que precisam ser retirados. O vereador concordou com o encaminhamento e se disse satisfeito com a visita. "Foram muitos pontos acertados e que serão feitos. A elevação, as 11 placas de sinalização e a avaliação quanto à retirada dos redutores", finalizou.
Superintendência de Comunicação Institucional