Alunos de 13 escolas assistiram ao Plenário e conversaram com vereadores
Vinte e seis estudantes eleitos exercem o papel de vereadores mirins durante um ano, simulando o funcionamento do Legislativo Municipal
Foto: Abraão Bruck/CMBH
Vinte e seis vereadores mirins eleitos por mais de 6000 alunos em 13 escolas de Belo Horizonte assistiram, nesta quarta-feira (14/9), a reunião do Plenário da Câmara Municipal. Durante a votação dos projetos, eles acompanharam os trabalhos da galeria do Plenário Amynthas de Barros e no chamado “grande expediente”, quando os vereadores falam de temas diversos, foram convidados, pela presidente da Casa, Nely Aquino (Pode), a ocupar o espaço e conversar com os parlamentares.
Os vereadores mirins eleitos para a edição 2022 do projeto Câmara Mirim fazem parte do corpo discente das Escolas Municipais Honorina Rabelo, Acadêmico Vivaldi Moreira, José Maria Alkmim, Luiz Gatti, Jardim Vitória, Marlene Pereira Rancante, Minervina Augusta, Sebastião Guilherme de Oliveira, Deputado Renato Azeredo e Sobral Pinto, além do Centro Pedagógico da UFMG, do Colégio Batista Mineiro e a da Escola Estadual Henrique Diniz. Eles participaram do processo eleitoral quando foram eleitos, de etapas de formação, além de debates nas escolas, quando reuniram mais de 6000 pessoas em 14 audiências públicas realizadas, o que foi uma novidade implementada neste ano. Nas audiências foram debatidos temas definidos pela comunidade escolar que incluíram assuntos como bullying, saúde mental, habitação, lazer, desafios da educação, entre outros.
Para o vereador Gabriel (sem partido), a participação desses alunos no Câmara Mirim mostra a importância da valorização da democracia no nosso país. Gabriel disse que é necessário lembrar que o Brasil já foi um Estado sem democracia e que os alunos que participam do projeto estão aprendendo o que é cidadania em uma cidade que é de cada um deles. “Lembrem-se sempre que vocês estão representando pessoas”, finalizou o vereador, direcionando sua fala a cada um dos estudantes presentes.
Participação feminina
Marcela Trópia (Novo) também fez questão de falar aos vereadores mirins. Ela, que participou da edição de 2011 do projeto Câmara Mirim, disse que aquele momento foi importante para despertar seu interesse pela política. Para ela, o fato de os alunos estarem ali “vai fazer diferença” na vida deles. Dizendo que não vê o cargo de vereadora com “carreirismo”, Marcela chamou os alunos: “Vocês precisam vir com novas ideias. Estamos esperando vocês aqui”.
Para a presidente da Câmara, Nely Aquino, o Câmara Mirim é também uma forma de valorização da participação das mulheres na vida política nacional. “Fico feliz em ver o engajamento dos jovens e principalmente de tantas meninas. Na minha geração, política era assunto para homens e nós pagamos um preço muito alto por isso”, disse Nely, explicando que a mudança, com a ampliação da participação feminina na política, será feita dessa forma, com a participação da juventude no processo. “Vocês vão nos substituir muito em breve. Sucesso e parabéns”, finalizou a presidente.
O Câmara Mirim
Criado em 2008, o Câmara Mirim é fruto da união de esforços de parceiros dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, que atuam de forma articulada na implantação de atividades educativas. Nos dois últimos anos (2020 e 2021) o projeto foi suspenso em função da pandemia, quando a Escola do Legislativo continuou desenvolvendo atividades de educação cidadã com estudantes da faixa-etária do projeto, que são do sexto ao nono ano do ensino fundamental, com destaque para o projeto Rede de Conversas.
Em 2022, o projeto conta com a participação de 13 escolas, onde foram escolhidos 26 vereadores. Segundo Milton Alves Ferreira, chefe da Seção de Formação de Cidadania e responsável pelos projetos de formação de cidadania para o público externo, dentre eles o Câmara Mirim, são eleitos normalmente 45 vereadores, mas este ano “houve uma diminuição, pois quando o processo começou ainda havia algumas restrições em relação à covid-19”.
O Câmara Mirim é uma iniciativa da CMBH, desenvolvida em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a Escola Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) e o Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que tem como objetivo desenvolver a consciência política e participativa na sociedade, apostando na educação cidadã.
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