CASA DO POVO

Gradis que cercavam a Câmara Municipal desde 2016 são retirados

População volta a ter livre acesso à Praça da Constituição, que abriga jardim com obras de arte e espaço de conviência

sábado, 14 Janeiro, 2023 - 11:15

Foto: Roberto Benatti

Os gradis instalados entre as portarias 1 e 2 da Câmara Municipal de Belo Horizonte começaram a ser retirados neste sábado (14/1), às 7 horas da manhã. Com isso, a população terá para si mais um espaço público: a Praça da Constituição, que abriga um jardim próximo à principal entrada do Palácio Francisco Bicalho, obras de Oscar Niemeyer e Leandro Gabriel, monumento que homenageia os 20 anos da Lei Orgânica do Município, local de convivência e mastros com as bandeiras do Brasil, do Estado de Minas Gerais e de Belo Horizonte. A área estava até então inacessível à população por conta das grades instaladas há cerca de seis anos. A retirada dos portões deve ser acompanhada de uma revitalização do espaço, que também será entregue à cidade, valorizando também a escultura de Amílcar de Castro, instalada em frente à portaria 1. "Não se gradeia uma sede de Poder Legislativo para afastar as pessoas. Precisamos atraí-las", declarou o presidente Gabriel (sem partido), que acompanhou a retirada da estrutura, anunciando ainda a reabertura do Refeitório Popular na Casa, a ampliação dos serviços do Núcleo de Cidadania e parceria com a Fundação e a Secretaria Municipais de Cultura para desarquivar centenas de obras de arte e objetos da memória da cidade, expondo-os na CMBH. 

A retirada das grades que apartam do público a praça, as obras de arte e o espaço de convivência da portaria 2 acontece no início do mandato da nova Mesa Diretora, eleita em 12 de dezembro, que assumiu a atribuição de estar à frente da Câmara Municipal a partir de 1º de janeiro de 2023 até dezembro de 2024. Ao pôr fim ao uso de gradis no perímetro da praça como estratégia para vedação e cerceamento da ocupação desse espaço pelos cidadãos, a nova Mesa Diretora entrega uma área pública ao povo de Belo Horizonte, mas, mais do que isso, ao retirar os obstáculos que separam a Praça da Constituição e a sede do Parlamento Municipal da população da cidade, o Poder Legislativo pretende simbolizar a busca da aproximação entre representantes e representados com a abertura permanente da Casa aos anseios dos moradores da capital. 

"O ex-vereador Wellington Magalhães cometeu um erro ao cercar a Câmara Municipal de Belo Horizonte em 2016, quando exerceu a presidência. Esse equívoco custou R$94.351,17. Agora, vamos abrir novamente o parlamento à cidade, pois a Casa do Povo precisa permanecer aberta", declarou o presidente Gabriel. A retirada dos gradis não gerará nenhum custo adicional para a Câmara, uma vez que é realizada por prestadores de serviço do próprio Legislativo, e o material a ser recolhido será entregue à PBH.

Após a revitalização, o espaço a ser entregue aos belo-horizontinos deverá constituir-se como uma área de encontro e sociabilidade, proporcionando o bem-estar dos indivíduos e funcionando como local de escape dentro do contexto urbano. Desse modo, a área entre as portarias 1 e 2 passará a cumprir realmente sua função de espaço público e deverá contar com mobiliário e equipamentos urbanos como bancos, iluminação, cobertura vegetal, projeto paisagístico, além dos mastros com as bandeiras do Brasil, de Minas Gerais e de Belo Horizonte, as quais são hasteadas pela manhã e arriadas ao fim do dia. 

Volta do Refeitório e obras de arte

A abertura da Casa para a população será marcada também pela reinstalação do Refeitório Popular na Câmara Municipal nos próximos dias, com refeições balanceadas ao custo de R$ 3,00, conforme divulgou Gabriel. "Iremos ampliar os serviços do Núcleo de Cidadania e estamos concretizando uma parceria com a Fundação Municipal de Cultura e Secretaria Municipal de Cultura para desarquivar centenas de obras de arte e objetos da memória da cidade, que não estão ao alcance da população, para expor nos corredores, nas galerias, nas escadarias e no hall principal, tornando o parlamento o maior espaço de arte municipal existente aberto para a visitação do público", antecipou o presidente. Segundo ele, o acervo que deve ser transferido para a CMBH está no no Arquivo Público de Belo Horizonte, no Museu de Arte da Pampulha, no Museu Histórico Abílio Barreto e no Museu da Imagem e do Som. 

"A arte abre caminho para a democracia e precisa ser valorizada. Essas decisões foram tomadas no meu primeiro dia como presidente e, após os atos de domingo, 8 de janeiro de 2023, tive ainda mais certeza de que precisamos valorizar a cultura e os espaços públicos sedes de Poder", finalizou Gabriel. 

Superintendência de Comunicação Institucional 

Remoção da grade do entorno da Câmara de BH