QUEBRA DE DECORO

Plenário rejeita pedido de cassação contra Marcos Crispim, ex-corregedor

Em votação unânime, parlamentares rejeitaram denúncia. Emocionado, vereador disse que resultado não foi surpresa para quem o conhece

segunda-feira, 4 Setembro, 2023 - 16:15

Foto: Karoline Barreto/CMBH

Com 38 votos contrários, a Câmara Municipal rejeitou com unanimidade o pedido de abertura de processo para cassação do ex-corregedor da Casa, Marcos Crispim (PP), durante reunião do Plenário nesta segunda-feira (4/9). Conforme prevê o Regimento Interno, o presidente Gabriel (sem partido) e o denunciado não votam; já a vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo), apesar de acompanhar a reunião, não registrou o voto. O processo para a votação simbólica teve início na sexta-feira (1º/9), quando a denúncia de quebra de decoro parlamentar, apresentada por Guilherme de Souza Barcelos,  chefe de gabinete da presidência da CMBH, foi lida integralmente e debatida por mais de cinco horas. Com o resultado, a denúncia contra o vereador será arquivada. Muito emocionado, Marcos Crispim agradeceu aos colegas e, apesar do apoio de todos os parlamentares, disse não se alegrar com a situação: "quem me conhece não ficou surpreso com essa votação unânime”.

“Não imaginava que estava sendo gravado quando abri meu coração, no dia do aniversário da minha filha”, declarou Crispim.  

Na denúncia, Guilherme Barcelos afirma que Crispim arquivou pedido do Partido Democrático Brasileiro (PDT) de cassação contra Gabriel, e posteriormente, “por motivos ainda escusos e revestidos de aparente ilicitude”, voltou atrás e acatou a denúncia contra o presidente. Segundo o denunciante, a mudança de atitude se deu diante de pressão de terceiros. 

Em sua representação, Barcelos destacou a alegação de Crispim de que “não havia assinado documento (para arquivar o pedido de cassação) de forma deliberada, mas sim, que teria sido coagido a dar assinatura por assessor do presidente da Casa, Guilherme Barcelos”. Ainda segundo o documento, “Crispim teria registrado falsa denúncia de crime, a fim de manchar a reputação de Gabriel e de sua assessoria, além de veicular informações falsas, que maculam a imagem da instituição e de seus membros”.

Ao assegurar que não optou pelo arquivamento da denúncia, o ex-corregedor afirma que Guilherme Barcelos foi até o seu gabinete quando ele não estava e, agindo de má-fé, solicitou a um assessor que utilizasse o tokem do vereador para que fosse assinado um documento de arquivamento de quebra de decoro parlamentar referente ao presidente da Câmara.

Superintendência de Comunicação Institucional