“Liberdade em cores e formas” estreia no espaço
Imagens não totalmente evidenciadas, que surgiram sem intencionalidade, guiadas pelo traço solto da pintora Dirce Passini. Vinte e sete trabalhos estão reunidos na primeira exposição da artista, que sempre gostou de brincar com as tintas.

Imagens não totalmente evidenciadas, que surgiram sem intencionalidade, guiadas pelo traço solto da pintora Dirce Passini. Vinte e sete trabalhos estão reunidos na primeira exposição da artista, que sempre gostou de brincar com as tintas. A mostra “Liberdade em cores e formas” pode ser vista até o dia 30 de julho, na Galeria Guimarães Rosa.
Filha de artista, crescida entre as tintas e a boa literatura, e formada em Belas Artes pela UFMG, Dirce revela em seus trabalhos o gosto pelo fazer, buscando situações ao acaso, antecipadas por um olhar plástico muito particular.
Ex-servidora da Câmara Municipal e aposentada, só aos 71 anos de idade Dirce quis revelar ao público uma paixão que cultiva desde criança. “Nunca tive coragem de mostrar meu trabalho. Mas, com a aposentadoria, a gente procura outros incentivos e acaba fazendo o que gosta”, conta.
Influenciada por Kandinsky, introdutor da abstração no campo das artes visuais, Dirce faz questão de dizer que não está presa a nenhuma escola ou temática. Com tinta acrílica ou caneta hidrocor sobre tela ou papel canson, a pintora vai criando imagens inusitadas, entre manchas e rabiscos.
“Não são traços perfeitos. Depois da tela molhada é que vão aparecendo as cenas: pessoas, rostos, peixes, flores. É como o movimento das nuvens no céu, a parede descascada ou a água que escorre na calçada que criam formas inesperadas. Eu mesma fico surpresa com os resultados”, explica Dirce.
A proposta do olhar livre também se estende ao expectador, que poderá interpretar cada obra, propositalmente sem título.
Responsável pela Informação: Superintendência de Comunicação Institucional.