Câmara promove debate sobre preservação dos recursos hídricos

Qual a nossa responsabilidade na preservação da qualidade das águas? Esse foi o tema do debate promovido pelo Conselho Gestor do Programa de Responsabilidade Ambiental da Câmara Municipal de Belo Horizonte, na manhã de ontem, no plenário Amynthas de Barros.

O debate faz parte das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente e reuniu representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), do Projeto Manuelzão e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

A vereadora Luzia Ferreira (PPS), que faz parte do conselho gestor, destacou que a questão ambiental diz respeito a todos e que a discussão sobre a gestão dos recursos hídricos exige uma política diferenciada.

“Por muito tempo acreditou-se que a água fosse um recurso inesgotável, mas hoje sabemos que ela é finita, que é um recurso limitado, não renovável, e por isso requer de todos uma mudança de comportamento em nome da preservação e manutenção da qualidade das águas”, afirmou a parlamentar.

O Corregedor da Câmara, vereador Anselmo José Domingos (PTC), que também é membro do conselho gestor, disse que o debate ajuda a chamar a atenção da sociedade, divulgando a importância da preservação das águas, ao mesmo tempo em que aumenta a conscientização sobre a necessidade da participação de todos nesse processo.

“O uso racional dos recursos hídricos não é apenas uma figura dos discursos conservacionistas, é um compromisso do mundo atual com as populações do futuro”, ressaltou o parlamentar.

Durante o debate, o analista de meio ambiente da Copasa, Tales Heliodoro Viana, ressaltou que a educação é a grande responsável pela mudança de comportamento. “A informação permite o uso adequado dos recursos hídricos e garante um abastecimento com qualidade”, ressaltou.
 
Hoje, de acordo com Tales Viana, a Copasa produz 13 mil litros de água por segundo para garantir o abastecimento de Belo Horizonte e pode chegar a 17 mil litros por segundo.

Weber Coutinho, gerente de Planejamento e Monitoramento Ambiental da Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente, mostrou o que esta sendo feito, em termos de política pública, para melhorar e garantir a qualidade das águas na capital.

Segundo ele, a adoção de algumas técnicas são fundamentais para garantir a racionalização e preservação dos recursos hídricos: conservação da vegetação e solo nativos, construções de prédios sustentáveis, o planejamento de ocupação do espaço urbano, e a  construção de canais verdes para drenagem da água de chuva. Dessa forma, lembrou o especialista, as cidades poderão construir uma gestão sustentável das águas urbanas para a melhoria da qualidade de vida das populações futuras.