Abandono do Parque Guilherme Lage volta à pauta no Legislativo
Após visita técnica ao local, vereadores realizarão audiência pública para debater formas de revitalização e combate à criminalidade
Foto: Abraão Bruck/ CMBH
Uma das maiores áreas verdes da Região Nordeste da capital, o Parque Municipal Professor Guilherme Lage (Bairro São Paulo) vem sofrendo os reflexos do abandono pelo poder público. A denúncia tem sido apresentada por moradores e usuários, que já não contam com as atividades culturais e estruturas de lazer disponibilizadas pelo parque e convivem com um cenário de constante violência. Reunida na tarde desta terça-feira (28/3), a Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana deliberou pela realização de audiência pública para debater o tema. O colegiado discutiu ainda os possíveis impactos da criação de um centro comercial no Barreiro. Confira a pauta completa e o resultado da reunião.
Solicitada pelos vereadores Edmar Branco (PTdoB) e Marilda Portela (PRB), a audiência se dará após visita técnica realizada no local pela Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, no último mês de fevereiro (20), quando se verificou a realidade do parque. O limite inferior da unidade é aberto e se conecta a um campo de várzea disponível à comunidade, no entanto, conforme depoimentos de vários moradores e funcionários, o local é absolutamente perigoso e tem afastado os usuários. No final do ano passado, foi encontrado o corpo de uma mulher morta em uma das lagoas do parque. A área de acero da mata tem sido usada como depósito de lixo e ponto para tráfico e uso de entorpecentes.
“O lugar se transformou em um retrato do abandono, do vandalismo e da criminalidade. Há poucos anos, o mesmo equipamento era referência à preservação do meio ambiente e intensamente utilizado pela população”, lamenta Edmar Branco, defendendo a urgência em se buscar soluções para a revitalização do parque. A audiência está prevista para o dia 24 de abril, a partir das 19h, no Centro de Apoio Comunitário (CAC), localizado na Rua Aiuruoca, 501, Bairro São Paulo.
Centro comercial no Barreiro
Tramitando na Casa em 1º turno, o Projeto de Lei 5/2017 propõe a criação de um centro comercial na Região do Barreiro, a ser instalado nas vias públicas. O perímetro destinado ao centro comercial teria início na confluência da Av. Olinto Meireles, seguindo até a Rua Alcindo Vieira, dali até a Av. Sinfrônio Brochado, desta passando novamente pela Av. Olinto Meireles e voltando ao ponto inicial. No entanto, os possíveis impactos da medida despertaram dúvidas entre os membros da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, que deliberou pelo envio de um pedido de informações ao autor da proposta, vereador Léo Burguês de Castro (PSL).
Para viabilizar a criação do centro comercial, o projeto prevê algumas medidas como a utilização do subsolo dos logradouros públicos para construção de estacionamentos subterrâneos, a oferta de incentivos fiscais para instalação de letreiros luminosos, a isenção tributária para atividades culturais realizadas no local e que os custos da instalação do centro comercial sejam por conta da iniciativa privada.
Por requerimento do vereador Juliano Lopes (PTC), a comissão solicitará esclarecimentos ao autor do projeto sobre o valor a ser gasto com os estacionamentos subterrâneos, o percentual de incentivo tributário, quais impostos seriam isentados, quais logradouros ficariam reservados para pedestres e quais seriam os custos totais para instalação do centro comercial. O vereador Léo Burguês de Castro terá o prazo de 30 dias para responder à diligência. Após o período, a comissão analisará o parecer do relator Eduardo da Ambulância (PTN) que indica pela aprovação do projeto.
Participaram da reunião os vereadores Rafael Martins (PMDB), Edmar Branco (PTdoB), Osvaldo Lopes (PHS), Juliano Lopes (PTC) e Eduardo da Ambulância (PTN).
Superintendência de Comunicação Institucional
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