Audiência discute problema do desperdício e propõe reuso
Vereador propõe grupo de trabalho para criação de políticas públicas pela preservação do recurso em BH
Foto: Bernardo Dias/CMBH
Comemorando o Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março, a Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana realizou, na última quarta-feira (22/3), audiência pública para discutir o tema com instituições e população. Foram debatidos, entre outros assuntos, poluição, desperdício e reuso.
De acordo com o coordenador geral do Lions Clube, Márcio Lima, mais de 50% da água coletada para tratamento no país torna-se residual tanto pela ação do esgoto doméstico quanto pela ação da indústria e da agricultura e o reuso desse percentual residual ainda é tímido. Ele reconheceu avanços como a Lei 9433, conhecida como Lei das Águas, que responsabiliza a sociedade civil, o usuário e o poder público pelo uso consciente do recurso. Lima também destacou a relevância do Projeto Manuelzão e do Programa de Recuperação da Lagoa da Pampulha, ressaltando que a água da lagoa não está limpa.
Sobre a situação dos reservatórios em Minas Gerais, Ivanice Guimarães, agente comercial da Cemig, alertou que, mesmo com o período de chuvas mais prolongado, o nível ainda não é considerado seguro, com uma média de 41%.
Representante do Conselho Comunitário pelo Ribeiro de Abreu (Comupra), Itamar de Paula Santos, criticou a contaminação do lençol freático de Belo Horizonte e a poluição do Rio das Velhas e da Lagoa da Pampulha. Santos propôs a realização de ações educativas sobre o tema nas escolas, como visitas in locco.
Para o vereador Edmar Branco (PTdoB), que requereu a audiência, não há em Belo Horizonte uma política pública voltada para as águas e para os rios. “Então, queremos criar um grupo de trabalho para discutir isso na Câmara Municipal”, informou.
Superintendência de Comunicação Institucional
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