Restaurante Popular de Venda Nova mostrou rigor no controle da comida
Instalada no prédio da Estação Venda Nova do BHBus, a unidade oferece cerca de 1250 refeições diárias
Foto: Rafa Aguiar/ CMBH
Completando nove anos de atividades, o Restaurante Popular III “Maria Regina Nabuco”, instalado no prédio da Estação Venda Nova do BHBus, oferece, diariamente, cerca de 1250 refeições a preços populares ou mesmo gratuitas. Diante do grande volume de atendimento na unidade, a Comissão de Saúde e Saneamento realizou visita técnica ao local, na manhã desta quinta-feira (1º/6), a fim de verificar a rotina de funcionamento, a qualidade dos alimentos ofertados e a adequação da estrutura aos usuários e ao trabalho dos funcionários.
“Foi uma grata surpresa”, afirmou o vereador Cláudio da Drogaria Duarte (PMN), autor do requerimento para a visita. “Realizamos a visita a título de conhecimento, como rotina, e eu não sabia da complexidade que envolve toda a preparação e distribuição das refeições”, completou o parlamentar, destacando a grande preocupação mostrada pelos gestores da unidade em manter a qualidade dos alimentos servidos e a segurança dos usuários.
Funcionamento e estrutura
Instalado em imóvel adaptado da BHTrans, o Restaurante Popular III não possui infraestrutura para produção de toda a refeição servida. A unidade recebe, portanto, diariamente, no início da manhã, as porções de arroz, feijão e carnes preparadas no Restaurante Popular I “Herbert de Souza”, que funciona próximo à Rodoviária de Belo Horizonte. Responsável técnica pela unidade de Venda Nova, a nutricionista Luisa Helena da Silva afirmou que os alimentos são monitorados o tempo inteiro, desde o preparo e saída para transporte, até o momento da chegada e armazenamento na unidade.
A técnica explicou que os alimentos transportados devem ser mantidos a temperaturas elevadas, mínima de 65°, para que se preservem a qualidade e a segurança nutricional. Nessas condições, podem ser servidos em até 12 horas. Já os acompanhamentos, como salada e guarnições, assim como a sobremesa, são preparados na própria unidade e, em caso de sobra, podem ser consumidos no dia seguinte, sendo conservados em câmara de resfriamento adequada. No entanto, a nutricionista destacou que, de uma forma geral, a produção é dimensionada para que não haja sobras ou desperdícios.
A unidade conta com duas áreas separadas para lavação e preparo de sobremesa e de salada, fogão industrial, câmara fria, despensa vedada para alimentos aquecidos, áreas específicas para higienização de legumes, de bandejas e de caixas, instalações sanitárias para funcionários e usuários e um salão com capacidade para 280 pessoas por vez. O restaurante está aberto ao público das 11h às 14h, apenas para almoço.
Política pública de saúde e economia solidária
Secretária municipal adjunta de Segurança Alimentar, Darklane Rodrigues explicou que os quatro restaurantes populares instalados na cidade são entendidos como ação estratégica da política municipal de segurança alimentar e nutricional, buscando a melhoria da qualidade de vida da população, em especial, garantindo o acesso das pessoas em situação de rua a refeições diárias. A gestora explicou que os beneficiários do Programa Bolsa Família têm desconto de 50% e as pessoas em situação de rua cadastradas pela prefeitura estão isentas da taxa.
Rodrigues lembrou que as quatro unidades atendem, diariamente, um total de nove mil pessoas, estando duas mil delas em situação de rua, especialmente concentradas na região Centro-sul da capital. “O equipamento é para atender a quem mais precisa. Nesse sentido, precisamos avaliar quais os lugares têm maior demanda por ampliação e investimentos”, pontuou a secretária, destacando que a unidade de Venda Nova serve apenas o almoço, enquanto as unidades centrais atendem a uma grande demanda por café da manhã e jantar.
Ainda, foi destacado que parte dos alimentos consumidos nos restaurantes é adquirida diretamente de pequenos produtores da região metropolitana da capital, devidamente certificados como agricultores familiares pelos órgãos federais. “É uma forma também de valorizar o pequeno agricultor brasileiro e fomentar essa economia”, completou a gestora.
Superintendência de Comunicação Institucional
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