POLÍTICA URBANA

Esgoto a céu aberto leva mau cheiro à Rua Aguanil, no Bairro Vista Alegre

Problema seria causado por descarte irregular em rua vizinha. Copasa se comprometeu a intensificar fiscalização

quarta-feira, 10 Outubro, 2018 - 16:30

Em visita técnica realizada nesta quarta-feira (10/10), a Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana descobriu lançamentos de esgoto a céu aberto, provenientes de água de pias, na Rua Aguanil, no Bairro Vista Alegre (Região Oeste de Belo Horizonte). Esses lançamentos seriam originários, em sua maioria, da Rua Brasil, acima da Aguanil. Requerida pelo vereador Irlan Melo (PR), a vistoria foi motivada pela solicitação de um cidadão. Segundo a Copasa, as vias têm esgoto canalizado. Entretanto, moradores da Rua Brasil não estariam se conectando corretamente às redes coletoras de esgoto da Companhia, causando o problema.

Além disso, a “água servida” (usada para lavar áreas cobertas, por exemplo), que pode ser lançada diretamente nas redes pluviais, estaria se misturando ao lixo nas ruas, contribuindo para o mau cheiro. “Nossa solicitação seria a resolução do problema dessa água que desce e traz esse mau cheiro, podendo trazer até problema para a saúde”, explicou o pastor Robinson Esteves de Souza, que lidera uma igreja na altura do nº 590 da Rua Aguanil. Ele também pediu recapeamento nos 200 metros finais da via.

Durante a visita, o encarregado de Manutenção de Esgoto da Copasa, Leonardo Rodrigues Fernandes, encontrou mais de cinco pontos de lançamento de água de pia, originários da Rua Brasil e descendo para a Rua Aguanil. Não foram vistos resíduos vindos de banheiros. Fernandes afirmou que o esgoto na via deve-se à não ligação das caixas de gordura das casas às redes coletoras de esgoto. A caixa de gordura coleta resíduos de pias, pisos de copa e cozinha e descargas de máquinas de lavar louças. O encarregado explicou como se deve proceder para se conectar às redes coletoras (responsabilidade de cada morador). O cliente deve construir o “ramal interno”, encanamento que leva o esgoto à saída da rua. Após vistoria na construção do ramal, a companhia o conecta à rede coletora de esgoto. Para se adequar às normas, o cliente pode ligar para o número 115, solicitar uma visita e ser orientado quanto à implantação do ramal interno.

Notificação

Para Fernandes, além da questão financeira - já que o custo da implantação do ramal interno é do cliente – o crescimento populacional propicia o aumento dos lançamentos clandestinos, devido à construção de “puxadinhos”, muitas vezes não conectados às redes. “A Copasa fará um levantamento para saber de onde vêm esses lançamentos, e irá notificar os moradores”, garantiu o encarregado.  Segundo ele, se ainda assim as modificações não forem feitas, a questão passa a ser de responsabilidade do setor de Vigilância Sanitária da Prefeitura.

O gerente de Infraestrutura Urbana Oeste da PBH, Maurício Fonseca Brandão, afirmou que a Prefeitura pode ajudar nas vistorias e que encaminhará a demanda ao Departamento de Gestão de Águas da Prefeitura (Degal), para verificar a possibilidade de melhorar e ampliar a captação de água nas redes pluviais. Na Rua Brasil não foi encontrada nenhuma “boca de lobo”, por onde escoam as águas pluviais.

O vereador Irlan Melo garantiu que enviará ofício à Comissão cobrando as soluções apresentadas durante a visita. “A gente tem que resolver essa situação, pondo fim à insalubridade”, afirmou o parlamentar, que chamou atenção ainda para o risco de doenças causadas pelo esgoto.

Superintendência de Comunicação Institucional