DEFESA DO CONSUMIDOR

Proposição pretende cassar alvará de quem vender produto roubado ou furtado

Projeto que objetiva assegurar direito da mulher ao diagnóstico de trombofilia está sob análise da comissão

segunda-feira, 22 Abril, 2019 - 18:45

Foto: Abraão Bruck / CMBH

Substitutivo a projeto que pretende cassar o alvará de funcionamento de quem comercializar, adquirir, transportar, estocar ou revender produtos provenientes de furto ou roubo recebeu parecer favorável da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor nesta segunda-feira (22/4). Na mesma reunião, os parlamentares decidiram pela aprovação de pedido de informação por escrito acerca do PL 683/18, que garante às mulheres atendidas na rede pública municipal de saúde a realização de exame para detecção da trombofilia, bem como o acesso ao tratamento da doença. Um pedido de informação destinado ao prefeito Alexandre Kalil para obtenção de dados sobre a população em situação de rua na capital também foi aprovado pela comissão. 

O PL 543/18, de autoria do vereador Álvaro Damião (PSB), determina que o Executivo casse o alvará de funcionamento do estabelecimento que comercializar, adquirir, distribuir, transportar, estocar ou expuser à venda produtos oriundos de furtos ou roubos de cargas. Aprovado em Plenário, em 1º turno, com 29 votos favoráveis e 4 contrários, o projeto tramita em 2º turno para apreciação de um substitutivo. Entre as alterações propostas pelo substitutivo, que também é de autoria de Álvaro Damião, está a possibilidade de o Município celebrar convênio de cooperação com o Estado e a União com o objetivo de disciplinar a obtenção e o repasse de informações referentes ao estabelecimento que infringir o disposto na proposição legislativa. Designado relator da matéria na Comissão de Direitos humanos e Defesa do Consumidor, o vereador Maninho Félix (PSD) entende que o substitutivo promove melhorias no PL, retirando incongruências do mesmo. Para o relator, a proposição promove a proteção dos consumidores, conforme preceitua o Código de Defesa do Consumidor, de modo a evitar riscos à saúde ou à segurança. Uma vez encerrada a tramitação na Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, com a aprovação do parecer favorável ao substitutivo, a matéria segue para análise da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana.

Saúde da mulher

O PL 683/18, do vereador Irlan Melo (PR), propõe que toda mulher atendida na rede pública municipal de saúde tenha direito à investigação e ao exame genético que detecta a trombofilia, bem como ao respectivo tratamento no caso de histórico familiar de pessoas com trombose ou trombofilia. Ainda de acordo com o projeto, a investigação deverá ter início na primeira consulta com o obstetra ou ginecologista, permitindo ao profissional conhecer o histórico familiar da paciente, particularmente em relação à trombose/trombofilia ou gravidez com complicações e outros fatores hereditários. A trombofilia é uma predisposição para o desenvolvimento da trombose, que é a formação ou o desenvolvimento de coágulos sanguíneos.

A relatora do projeto, vereadora Bella Gonçalves (Psol), apresentou um pedido de informação por escrito à Secretaria Municipal de Saúde com o intuito de ter os elementos necessários para instruir e subsidiar a análise da proposição. Entre as questões encaminhadas à secretaria estão: quais métodos diagnósticos são disponibilizados atualmente nos serviços públicos de saúde para detecção e tratamento da trombofilia; qual o fluxo para acesso aos meios de diagnóstico para detecção e tratamento da doença na rede pública de saúde, e em que nível de atenção à saúde tais meios são disponibilizados às mulheres com e sem histórico familiar de trombofilia. Com a aprovação do pedido de diligência pela Comissão de Saúde e Saneamento, o Executivo tem até 30 dias para responder aos questionamentos. Atendida a diligência dentro do prazo, ou vencido este sem atendimento, a proposição será devolvida à relatora para emissão do parecer no prazo improrrogável de cinco dias.

População em situação de rua

A Comissão de Saúde e Saneamento aprovou pedido de informação ao prefeito Alexandre Kalil, apresentado pelo vereador Fernando Borja (Avante), acerca da população em situação de rua. O parlamentar quer saber qual o número de pessoas em situação de rua no município; quantas dessas pessoas já foram cadastradas pela Gerência de Gestão de Transferência de Renda e Cadastro Único; quantas delas são do sexo masculino, quantas são do sexo feminino e quantas são crianças; se existem unidades familiares em situação de rua; quantas são oriundas do próprio município de Belo Horizonte; de quais regiões vêm as pessoas que não são provenientes de BH; qual o número de casos em que a condição de situação de rua decorre da hipossuficiência econômica; quais as medidas implementadas para o enfrentamento dessa situação e quais os resultados já apresentados.

Convocação de autoridades

O comandante da Guarda Municipal de Belo Horizonte, Rodrigo Sérgio Prates, o subsecretário de Planejamento, Gestão e Finanças da secretaria municipal de Obras e Infraestrutura, Leandro César Pereira, e o secretário Municipal de Segurança e Prevenção, Genílson Ribeiro Zeferino estão convocados a comparecer à reunião da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor do dia 6 de maio de 2019, com início às 13h. As autoridades deverão falar sobre operacionalização da Guarda Municipal e prevenção social à criminalidade; serviços de iluminação pública; operacionalização dos serviços de segurança e do programa Belo Horizonte Cidade Inteligente.

O autor do requerimento de convocação, vereador Mateus Simões (Novo), explica que tal proposição se faz necessária uma vez que essas mesmas autoridades foram convidadas para comparecer à reunião da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor do dia 22 de abril, mas não se apresentaram. O esperado era que os agentes públicos viessem à Câmara Municipal prestar esclarecimentos sobre segurança pública.

Caso as autoridades convocadas não compareçam à comissão, no dia 6 de maio, pode ser instaurado processo de julgamento por infração político-administrativa, conforme dispõe o Regimento Interno da Câmara Municipal.

Confira aqui o resultado completo da reunião.

Assista ao vídeo da reunião na íntegra.

Superintendência de Comunicação Institucional 

9ª Reunião Ordinária - Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor