ÁGUA E MINERAÇÃO

Seminário discutirá risco de rompimento de barragens na RMBH

Entre os debates, qualidade da água captada e medidas de segurança para abastecimento da capital

terça-feira, 9 Julho, 2019 - 13:00
Mina de Mar Azul, em Macacos, vistoriada pela CPI das Barragens

Imagem: Google Streetview

Com o objetivo de esclarecer a sociedade sobre o risco de colapso no abastecimento de água na capital, em caso de rompimento de barragens da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a CPI das Barragens realiza, na próxima terça-feira (16/7), no Hall da Presidência e no Plenário JK, o Seminário Água versus Mineração. Por meio de oitivas e visitas técnicas da Comissão Parlamentar de Inquérito a Brumadinho, Nova Lima, Rio Acima, Macacos, Ouro Preto e Itabirito, de março a junho deste ano, os vereadores vêm reunindo informações sobre os impactos da atividade mineratória sobre a população e o meio ambiente, sobretudo as Bacias dos Rios Paraopeba e das Velhas. De 15h às 21h, a programação do seminário inclui duas mesas de debates com a participação de entidades ligadas à preservação ambiental, além da exibição de curtas e de intervenções culturais. O evento é gratuito e aberto a qualquer cidadão interassado, bastando se inscrever pelo Portal CMBH

Para a primeira mesa de debates, às 16h, foram convidados Maria Teresa Reis Gontijo, do Movimento de Serras e Águas de Minas; Eric Machado, do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Onça; Benedito Rocha, do Movimento Contra Barragens de Raposos; Frei Gilvander (da Comissão Pastoral da Terra; e Rafael Gonçalves, vereador da Câmara Municipal de Raposos. Às 19h, a segunda mesa terá a participação de Marcus Vinícius Polignano, do Projeto Manuelzão; Jeanine Oliveira, do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Arrudas; Evandro Social, vereador da Câmara Municipal de Raposos; Júlio Grilo da Promutuca; e Lilian M Costa, moradora de Macacos. Confira a programação completa

CPI das Barragens

CPI das Barragens foi criada em 20 de fevereiro, após o rompimento da Barragem do Córrego do Feijão (Brumadinho-MG), para apurar os impactos que o despejo de rejeitos de mineração no Rio Paraopeba pode trazer para o abastecimento de água em Belo Horizonte. Segundo o relator da CPI, vereador Irlan Melo (PL), 30% do abastecimento da capital vinha do Sistema Paraopeba e 70% do Rio das Velhas. Vinte e três parlamentares assinaram o requerimento para instalação da CPI, que tem prazo de 120 dias, prorrogáveis por mais 60, para conclusão dos trabalhos.

Desde fevereiro já foram realizadas dezenas de oitivas de representantes do governo do Estado, órgaõs estaduais ligados ao Meio Ambiente, empresas mineradoras, ambientalistas e estudiosos. A CPI também fez cinco visitas técnicas: ao Sistema de Produção de Água do Rio Paraopeba, em Brumadinho; ao Sistema de Produção de Água do Sistema Rio das Velhas, em Nova Lima; à Mina do Engenho, em Rio Acima; às Barragens B3/B4 da Mina de Mar Azul, em Macacos; à Mina da Fábrica - Barragens Forquilha I, II e III, em Ouro Preto; à Mina do Pico - Barragem Maravilha II, em Itabirito.

Superintendência de Comunicação Institucional