Vereadores vão debater morosidade na construção da nova UPA Pampulha
Terreno e verba para novo espaço já estariam garantidos. Prédio atual é referência para o Cersam e 14 centros de saúde da região
Foto: Adão de Souza/PBH
Apesar de já haver terreno e verba destinados para a sua construção, a nova sede da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pampulha não sai do papel. As queixas são dos trabalhadores e usuários da UPA e serão objeto de debate durante audiência pública a ser realizada na quarta-feira (13/10), às 13h30, no Plenário Camil Caram. O encontro, que acontece no âmbito da Comissão de Administração Pública, será no formato virtual e a população já pode participar enviando perguntas e/ou sugestões por meio de formulário disponível aqui. Conforme informado pela gerência da unidade em visita técnica da Comissão de Saúde e Saneamento no mês passado, a UPA Pampulha é referência para 14 centros de saúde da regional, além de referenciar o Centro de Referência em Saúde Mental (Cersam) Pampulha, elevando a média diária de atendimentos em até 200 pessoas.
Unidade não tem ortopedista
Requerida por Duda Salabert (PDT) a audiência pública acontece após visita técnica realizada ao local no último dia 15 de setembro, ocasião em que foram ouvidos relatos de sucateamento do espaço físico e demora nos atendimentos. Segundo as gerentes da unidade, atualmente a UPA Pampulha conta com cinco clínicos diurnos, três clínicos – noturnos; dois pediatras (para cada turno); um cirurgião (para cada turno); 15 técnicos de enfermagem; quatro enfermeiros e ainda atendimento de serviço social e do programa de atendimento domiciliar. Embora a unidade conte com instrumento de Raio-X e laboratório, não existe atendimento de ortopedia, por falta de espaço físico. Ainda segundo as gerentes, todas as demandas desta especialidade estão sendo remanejadas para o Hospital Odilon Behrens e outras UPAs.
Aumento da demanda para saúde mental
A UPA Pampulha funciona hoje na Av. Santa Terezinha, nº 515, no Bairro Santa Terezinha. De acordo com as gerentes, a unidade é referência para 14 centros de saúde da Regional Pampulha, cinco da Regional Noroeste, além de referenciar o Centro de Referência em Saúde Mental (Cersam) Pampulha, elevando a média diária de atendimentos da UPA em até 200 pessoas.
Ainda segundo as gestoras, o aumento dos atendimentos de casos de saúde mental, principalmente de autoextermínio, envolvendo inclusive crianças, é outro fator preocupante e que justifica a urgência para a rápida construção da nova unidade que, segundo as gerentes, está prevista para ser erguida em um terreno de 13 mil m2, localizado na Rua Castelo Veiros, nº 325, no Bairro Castelo, onde hoje funciona a Gerencia de Manutenção (Germa) Pampulha.
Verba também já estaria garantida
Durante a visita técnica, as gerentes também informaram que, além do terreno, a verba para a construção da unidade também já estaria garantida e que a morosidade se dá em função da demora no processo licitatório. Assim, segundo Duda Salabert, o intuito do debate será trazer transparência, melhorias e agilidade ao acesso à saúde de emergência nas UPAs do município. “É urgente a realização de uma audiência pública para esclarecer a situação. Propormos soluções e cobrarmos agilidade para assegurar um serviço de qualidade para todos os cidadãos”, defendeu a parlamentar na petição.
Para o encontro quarta-feira foram convidados a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Carla Anunciatta; o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto; o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Costa Valadão; o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti Vitor; a Diretoria de Atenção Hospitalar e Urgência e Emergência da Secretaria Estadual de Saúde, Monique Fernanda Félix Ferreira, e a gerente da UPA Pampulha, Maristela Nascimento.
Superintendência de Comunicação Institucional