Condições de manutenção dos ônibus do transporte coletivo preocupam vereadores

O gerenciamento do transporte público coletivo na cidade continua no foco dos vereadores da atual legislatura, que já apurou irregularidades no contrato de concessão por meio de CPI e apontou falhas técnicas em projeto enviado pela Prefeitura com o objetivo de reduzir o valor das passagens, além de questionar a qualidade dos ônibus, cheios e demorados. De olho na prestação do serviço, desta vez a preocupação da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário é com a manutenção dos veículos. Em reunião nesta quinta-feira (10/3), o colegiado aprovou o envio de pedido de informação à Prefeitura solicitando esclarecimentos sobre a fiscalização das condições da frota; entre outras questões, é perguntada a periodicidade de revisão e itens avaliados (freio, pneus, suspenção). A comissão também marcou audiência pública para discutir problemas no trânsito do Bairro Buritis e vai cobrar esclarecimentos da PBH sobre o cronograma de obras da área de escape do Anel Rodoviário. 

Os parlamentares deram aval à solicitação de Wilsinho da Tabu (PP) e vão pedir informações acerca do cumprimento do horário, limpeza dos veículos, excesso de passageiros em período de pandemia e segurança dos ônibus do transporte coletivo. Eles querem saber como é fiscalizada a revisão de cada veículo da frota; com qual periodicidade e quem arca com os custos da revisão. Wilsinho indaga como a PBH garante a correta manutenção dos veículos, visto que as concessionárias reclamam de falta de recursos para combustível, e qual a explicação para incidentes que denotam falta de manutenção dos ônibus. 

Anel Rodoviário

A pedido de Nikolas Ferreira (PRTB), a comissão vai solicitar o cronograma detalhado de execução das obras de construção de área de escape no Anel Rodoviário. No requerimento, destinado ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) e ao secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão, o parlamentar justifica que, em visita realizada ao local no último dia 8 de março, o prefeito afirmou que o prazo de término da obra é de 90 dias.

Os impactos que o Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo causa no trânsito no Bairro Buritis serão abordados em audiência pública no dia 7 de abril, às 13h30, no Plenário Camil Caram. Em seu requerimento, Professor Claudiney Dulim (Avante) ressalta o descaso do poder público em relação a quem frequenta e reside no bairro e a desorganização da gestão do anel, que prejudica o trânsito e o bem-estar da população. Serão convidados para contribuir com o debate os secretários municipais de Assuntos Institucionais e Comunicação Social; de Obras e Infraestrutura; e de Política Urbana; o  coordenador de Atendimento Regional Oeste; e a presidente Substituta da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A (BHTrans), além de representantes da Polícia Civil; da Via 040; de associações comunitárias e de comerciantes, entre outros.

Braulio Lara (Novo) elogiou a iniciativa e destacou a importância de um parlamentar da base da Prefeitura cobrar informações sobre a falta de segurança vivida pelos moradores diante de tantos acidentes. Ele lembrou que desde 2007 existem projetos para fazer uma alça de saída do bairro para o Anel Rodoviário e previsão para continuação da Avenida Henrique Badaró Portugal até o Bairro Palmeiras, ligando o Buritis à Avenida Tereza Cristina. “ Assim como a trincheira da Raja com Barão Homem de Melo, apesar da previsão, essas intervenções nunca foram adiante”, reclamou.

Viaduto João Samaha 

Kalil e Valadão ainda terão que responder sobre as obras de recuperação estrutural do Viaduto João Samaha, na Avenida João Samaha, em Venda Nova. A pedido de Nikolas, o colegiado quer saber se foi elaborado algum diagnóstico em relação aos dados estruturais do viaduto, quando foi feita a última vistoria no local e se há algum projeto em execução voltado para a manutenção de sua estrutura.  No requerimento, o parlamentar afirma que a PBH abriu uma licitação para criação de projetos voltados à manutenção dos viadutos da cidade e, de acordo com o edital da Prefeitura, os estudos se voltaram a seis pontilhões. Ele pergunta qual a situação atual dessa licitação.

Superintendência de Comunicação Institucional