AUDIÊNCIA PÚBLICA

Pouso e decolagem de helicópteros em Belo Horizonte em pauta

Evento, que ocorrerá nesta terça-feira (5/7), às 13h40, irá debater dificuldades e reivindicações do serviço de táxi-aéreo

sexta-feira, 1 Julho, 2022 - 14:15
Helicóptero pousado em local cercado de grama.

Foto Pixabay

O pouso e a decolagem de helicópteros em Belo Horizonte será tema de discussão em audiência pública nesta terça-feira (5/7), às 13h40, no Plenário Helvécio Arantes. Promovida pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, a pedido do vereador Léo (União),  a audiência será a oportunidade de se debater as dificuldades e reivindicações relativas ao serviço na capital mineira. A população interessada pode participar enviando perguntas e/ou sugestões por meio de formulário já disponível.

A empresa líder em vôos fretados na Região Sudeste do Brasil informa que o mercado de táxi-aéreo em Belo Horizonte é o terceiro maior do país, com grande oferta de serviços feitos por helicópteros. Além de possuir aeroportos e helipontos que se adequam aos mais diversos tipos de viagens, BH tem helipontos distribuídos na região central da cidade e nas proximidades dos aeroportos da Pampulha e de Confins. Segundo dados da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe), levantamento feito em 2013 mostra que BH teve um aumento do número de helicópteros maior que o brasileiro. Enquanto no Brasil esse incremento era de 20%, a capital mineira ostentava 30% de crescimento. Naquele mesmo ano, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostrava que 58 helicópteros faziam cerca de 50 pousos e decolagens por dia em Belo Horizonte. 

Naquele período, o setor já movimentava R$ 50 milhões. Um aumento de quase 100% no número de helicópteros levou a Abraphe a reivindicar que rotas especiais para esse tipo de aeronave fossem criadas no espaço aéreo de Belo Horizonte. De maneira similar ao que ocorre em São Paulo e Rio de Janeiro, a Associação propôs usar avenidas e rodovias de BH como referência para os corredores nas alturas, organizando o tráfego e tornando as viagens mais seguras. Avenidas como Antônio Carlos, Cristiano Machado e Contorno seriam utilizadas como rotas. 

Belo Horizonte tem dois grandes polos de táxi-aéreo. O Aeroporto da Pampulha é um deles e possui em sua estrutura hangares e centros de operações de conceituadas empresas de táxi-aéreo brasileiras. A outra opção da cidade é o Aeroporto Internacional de Confins, que conecta passageiros para rotas além das fronteiras brasileiras, operando para destinos como Buenos Aires (Argentina), Cidade do Panamá (Panamá), Lisboa (Portugal) e Orlando (Estados Unidos). Outro aeroporto que opera pousos de helicópteros é o Carlos Prates, que atualmente se reserva a vôos de instrução e está a menos de 10 quilômetros do centro de Belo Horizonte. A capital mineira também tem empresas do setor que funcionam fora dos aeroportos mencionados, oferecendo, além do transporte, serviços como sala VIP, sala de reunião, sala de pilotos, espaço gourmet  e estacionamento privativo.

Especialistas no setor apontam falta de helipontos e de vagas nos hangares. A rapidez e praticidade do veículo poderia ser mais bem aproveitada se houvesse mais estruturas de pouso e decolagem em prédios, o que permitiria que clientes e usuários fossem de casa ao trabalho, o que não combina com os pontos de decolagem nos aeroportos. 

Os convidados sugeridos para a audiência são o secretário Municipal de Meio Ambiente, Mário de Lacerda Werneck Neto, o subsecretário de Operações Institucionais, Guilherme Lana Pimenta, a diretora da UMA Gestão de Projetos, Cynthia Silveira Pimentel Fraga Andrade, e o gerente de Licenciamento da PHV Engenharia, Hélcio Neves.

Superintendência de Comunicação Institucional