Câmara e Corpo Consular de Minas debatem internacionalização de BH

Com o objetivo de ampliar e intensificar o processo de internacionalização de Belo Horizonte, o presidente da Câmara de BH, vereador Gabriel (sem partido), e representantes do Corpo Consular de Minas Gerais se reuniram na tarde desta quarta-feira (18/01), na sede do Legislativo Municipal. No encontro, foram estabelecidos alguns passos que serão dados com o intuito de melhorar a relação da capital com os países representados e cidades desses países que tenham afinidades com BH. Entre essas ações estão a pesquisa de localidades que possam se tornar cidades-irmãs de Belo Horizonte, a definição de uma agenda de eventos na cidade que valorize essas relações e propostas que viabilizem investimentos econômicos e na área de turismo. A reunião contou com cônsules da Guatemala/Nicarágua, Dinamarca, Reino Unido, Trindade e Tobago, Finlândia, Suíça e México, além de outros vereadores.

Integração entre as cidades

Um dos pontos de destaque do encontro que reuniu o Corpo Consular de Minas Gerais e a presidência da Câmara de BH é o estreitamento e a troca de experiência entre as cidades de diferentes países do mundo. “Eu acredito que o futuro está nas cidades. As cidades devem estar de fato conectadas. Esse laço não pode ser somente uma lei”, disse Gabriel aos presentes, pedindo aos cônsules que indiquem cidades que possuem afinidades reais com Belo Horizonte. O acordo de cidades-irmãs é uma forma de relacionamento legal e social que busca promover laços culturais e comerciais entre cidades situadas em áreas geográfica e politicamente distintas. Felipe Motta é cônsul do México em Minas Gerais. Para ele, a cidade de Monterrei tem características e afinidades importantes com a capital mineira. “Monterrei é um forte polo tecnológico entre outras possibilidades de parceria e desenvolvimento. Tenho trabalhado pela interação BH/México e vejo esse momento como uma oportunidade. Temos que correr e colocar em prática esse trabalho conjunto”, disse Felipe.

Outra cidade citada como localidade importante e potencial parceira de Belo Horizonte é Copenhagen, na Dinamarca. Segundo Luciana Simões, que representa o país na Capital, a principal troca entre as cidades pode ter o foco na sustentabilidade. “Podemos agregar valor na mobilidade e sustentabilidade. A Dinamarca é um país muito organizado nesta questão e podemos trazer um pouco desse modelo de cidade verde e tecnológica”, afirmou a cônsulesa, destacando o interesse do Legislativo Municipal pelo tema, fato confirmado pelo presidente Gabriel, autor de projetos voltados para a mobilidade sustentável na cidade.

BH conta atualmente com 17 cidades-irmãs, sendo elas: Austin (EUA), Belém (Cisjordânia), Cuenca (Equador), Fort Lauderdale (EUA), Granada (Espanha), Havana (Cuba), Homs (Síria), Lagos (Nigéria), Luanda (Angola), Masaya (Nicarágua), Minsk (Bielorússia), Nanjing (China), Newark (EUA), Porto (Portugal), Tegucigalpa (Honduras), Trípoli (Líbia) e Zahle (Líbano).

Investimento e celebração

Outros dois temas destacados no encontro foram o estabelecimento de laços que visem investimentos e a ampliação do turismo para Belo Horizonte, além da criação de uma agenda de eventos na cidade que valorize essas relações. Para viabilizar essas ações, Gabriel solicitou aos representantes que enviem algumas datas que possam entrar no calendário de eventos da cidade, verificando ainda a possibilidade de uma celebração conjunta em agosto, quando se comemora o Dia do Cônsul (6 de agosto) e a Semana de Integração e Relacionamento com outros Países, na primeira semana daquele mês. Ambas as leis que criaram as datas são de autoria do vereador Irlan Melo (Patri), que também participou da reunião. “As propostas retiradas aqui são muito significativas e demonstram uma nova mentalidade de internacionalização. Traduzem uma mudança na relação dos países. Estamos dispostos a trabalhar em conjunto”, disse Francisco Pontello, cônsul de Trindade e Tobago e presidente do Corpo Consular.

Para Lucas Brown, cônsul Britânico e vice-presidente da organização, é preciso aproveitar a disposição da nova direção do Corpo Consular e da Câmara Municipal para mostrar ao mundo a importância de Belo Horizonte no cenário de investimentos brasileiro. “Esse é um novo momento. Esse é um ano em que temos que reaprender como lidar com essa reabertura e BH se posiciona prioritariamente como ótima opção de negócios”, afirmou Lucas. Ainda segundo ele, BH se destaca pela qualidade de vida e pela existência de um grande pool de negócios e investimentos. “Vemos com bons olhos a aproximação com a Câmara, uma vez que há projetos a serem desenvolvidos em prol da internacionalização e atração de investimentos para BH”, disse Patrícia Coutinho, cônsul da Finlândia e diretora de Relações Institucionais do Corpo Consular em Minas.

Ao final da reunião, Gabriel pediu a todos que enviem, no menor prazo possível, dados e informações sobre as propostas para que elas sejam analisadas e incluídas em projetos, indicações e outras ações promovidas pela Câmara.

Também estiveram presentes na reunião os vereadores Ciro Pereira (PTB), Wilsinho da Tabu (PP) e Cláudio do Mundo Novo (PSD), além de Ramaya Vallias (cônsul da Guatemala/Nicarágua) e Astrid Boller (consulesa da Suíça).

Superintendência de Comunicação Institucional