Valorização da Mata da Izidora em pauta no primeiro Plenário de março
Projeto, que tramita em 1º turno, declara o valor ecológico, paisagístico e cultural da área, localizada na Regional Norte

Foto: Abraão Bruck/CMBH
A proposta que declara o valor ecológico, paisagístico e cultural da Mata da Izidora, localizada na Regional Norte, será a primeira a ser avaliada pelo Plenário no mês de março, na reunião ordinária marcada para o dia 6. De autoria do vereador Dr. Bruno Pedralva (PT), o Projeto de Lei (PL) 998/2024, que tramita em 1º turno e precisa do voto favorável da maioria dos presentes para avançar, reconhece a importância da área verde onde está indicada a implantação do Parque Leste, de acordo com o Plano Urbanístico da Operação Urbana do Isidoro. A reunião está marcada para as 14h30, no Plenário Amintas de Barros, e pode ser acompanhada ao vivo pelo canal da CMBH no Youtube.
Preservação ambiental
A Mata da Izidora está localizada na área da Granja Werneck, no limite com o município de Santa Luzia. Segundo Bruno Pedralva, essa região passou por um processo acelerado de urbanização, o que tem gerado severos impactos ambientais, como a ocupação irregular das margens dos cursos d'água. A redução ou supressão da mata ciliar causa enchentes e desabamentos de encostas. “Outro impacto negativo desse processo é a fragmentação da vegetação”, diz o vereador. Segundo ele, o espaço era composto por um contínuo de mata nativa formada por um mosaico de formações típicas da transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado.
Bruno Pedralva destaca que estudos da Prefeitura evidenciam a importância da Mata da Izidora para o controle climático da cidade, pela presença de vegetação e cursos d'água que funcionam como um atenuante microclimático. Apesar de a área estar classificada como de Proteção Ambiental I (PA-1) – grau máximo de proteção no município – ela vem sofrendo com incêndios criminosos e descarregamento de lixo. “Reconhecer a importância desse espaço verde é imprescindível nesse momento de crise ambiental e aumento das temperaturas”, afirma o parlamentar.
Reconhecimento de valores
De acordo com a justificativa do PL, o reconhecimento do valor ecológico da área se fundamenta pela diversidade de sua vegetação, cursos d'água e por ser habitat de mais de 150 espécies; e do valor paisagístico, pela importância no controle climático. Já o valor cultural se explicaria pelo fato de ser “um espaço de uso e cuidado coletivo da comunidade do entorno”, usado por religiões de matrizes africanas para rituais e por igrejas evangélicas, além de muito procurado por escolas para atividades educativas e ambientais.
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