OUTUBRO ROSA

Seminário vai abordar a saúde da mulher e o combate ao câncer de mama

Ações de conscientização realizadas pela CMBH engrossam campanha. Evento será aberto ao público e transmitido pelo portal

terça-feira, 25 Outubro, 2022 - 16:45

Foto: Abraão Bruck/CMBH

Conscientizar as mulheres, com 40 anos ou mais, a realizar o exame clínico das mamas anualmente. Este é o objetivo da Campanha Outubro Rosa, realizada no mundo todo para alertar a população sobre o câncer de mama. A Câmara Municipal de Belo Horizonte participa dessa ação coletiva de conscientização e ilumina sua fachada de rosa durante o mês de outubro. Na próxima quinta-feira (27/10), a Casa promove o seminário "Autocuidado e saúde da mulher no enfrentamento ao câncer de mama", das 9h às 12h30, no Plenário Amynthas de Barros. Aberto ao público e transmitido ao vivo pelo Portal CMBH, o seminário vai reunir, além de médicos especialistas, a coordenadora da Associação Pérola de Minas, instituição de acolhimento de mulheres em tratamento, e pacientes que já enfrentaram a doença.

Os sinais físicos e os cuidados diários serão abordados pelo médico oncologista do Instituto Mário Penna,  Elias Magalhães e Abreu Lima, na palestra “O corpo fala. Prevenção e cuidados”, prevista para 9h20. Além de fazer o toque de mama mensalmente, é preciso ter hábitos alimentares saudáveis, praticar exercícios físicos e evitar o tabagismo.

Os impactos da pandemia na realização de exames preventivos serão abordados pelo Felipe Veloso, médico da CMBH, às 9h45. Ele destaca a importância e urgência de as mulheres acima dos 40 anos realizarem, anualmente, o exame de mamografia. Segundo Veloso, o déficit nestes números tende a acarretar diagnósticos tardios e, consequentemente, tratamentos mais severos e invasivos, além da possibilidade do aumento nas taxas de mortalidade pela doença.

Às 10h10, a coordenadora da Associação Pérola de Minas, Maria Luiza Oliveira, vai destacar a importância de se tocar, fazer o autoexame e ter uma agenda anual de acompanhamento com médico. Ela também vai abordar o trabalho da associação, criada por mulheres para apoiar pacientes em tratamento ou que já passaram pelo câncer de mama. Além de  promover reuniões, visitas e apoio às famílias, a instituição promove ações de favorecimento da autoestima. O evento vai contar ainda com  a participação de Márcia Cristina de Morais Avelar, às 10h50. A aposentada foi diagnosticada com o câncer de mama em março de 2021 e vai falar sobre sua experiência e a necessidade de debater o tema.

Sobre o impacto dos cortes no orçamento da saúde na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama, haverá exposição da secretária-geral do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMSBH), Edneia dos Santos.

A presidente da CMBH, Nely Aquino (Podemos), salienta a importância do exame preventivo e lembra que a descoberta precoce da doença aumenta em até 95% as chances de cura. Ao anunciar que recebeu o diagnóstico da doença, em julho de 2021, ela revelou que foi uma das mais de um milhão de mulheres que deixaram de fazer o exame de mamografia em 2020. “É necessário alertar a população, pois todos os anos perdemos centenas de vidas, às vezes por falta de orientação. O exame de toque é muito importante para descoberta do nódulo a tempo de cirurgia e de salvar vidas”, afirmou.

Números do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o câncer de mama é a primeira causa de morte por neoplasia entre brasileiras, mas 95% dos casos da doença, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, têm chances de cura, se detectados no começo. Ainda segundo o Inca, no Brasil a estimativa é de que a doença tenha provocado 50 mortes por dia em 2021. Dados do Ministério da Saúde revelam que apenas no ano de 2020, 1.7 milhão de mamografias deixaram de ser realizadas no país. De acordo com o órgão, a detecção precoce do câncer de mama foi uma das áreas médicas impactadas pela política de restrição e isolamento imposta no ano de 2020, e esforços governamentais futuros serão necessários para oferecer tratamento a eventuais pacientes com diagnóstico tardio de câncer de mama, além das mamografias que não puderam ser realizadas.

Superintendência de Comunicação Institucional