Vereadores discutem questões ambientais da capital
Em sintonia com as atividades do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, os vereadores Arnaldo Godoy (PT) e Sérgio Fernando (PHS), participaram do programa “Chamada Geral”, da Rádio Itatiaia, e discutiram dois temas fundamentais para a capital: o uso indiscriminado de sacolas plásticas para compras e acondicionamento de lixo
Em sintonia com as atividades do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, os vereadores Arnaldo Godoy (PT) e Sérgio Fernando (PHS), participaram do programa “Chamada Geral”, da Rádio Itatiaia, e discutiram dois temas fundamentais para a capital: o uso indiscriminado de sacolas plásticas para compras e acondicionamento de lixo e a questão dos aterros sanitários.
Arnaldo Godoy é autor da Lei 9.529, de fevereiro de 2008, que obriga todos os estabelecimentos privados e entidades do poder público da capital a substituir as embalagens plásticas pela sacola e saco de lixo ecológicos. A iniciativa rendeu-lhe o Prêmio do Mérito Legislador, que destaca os 150 melhores projetos parlamentares apresentados em todas as Casas Legislativas do país.
O projeto, que envolveu entidades ambientalistas e movimentos sociais, determina que, a partir de fevereiro de 2011, as sacolas plásticas tradicionais, de polietileno, que demoram mais de 400 anos para se degradar, terão de ser substituídas por embalagens em material biodegradável, que desaparecem da natureza em apenas um ano e meio. As sacolas tradicionais também poderão ser substituídas por sacolas retornáveis, feitas de materiais duráveis como lona e palha.
Godoy ressaltou que a medida vem sendo bem assimilada pelos comerciantes, citando exemplos de estabelecimentos que já a adotaram como o Verdemar, o Epa, o Supernosso, algumas lojas do Carrefour, sacolões e padarias e a rede de drogarias Araújo. “A ideia é que os corações e mentes dos belo-horizontinos a adotem e mudem de atitude em relação ao uso da sacola plástica”, afirmou.
Para isso, o vereador busca também conscientizar a população sobre o tamanho da poluição provocada pelo descarte do plástico no ambiente. Uma das ações realizadas foi a “invasão” da Praça 7 e da Savassi, nos dias 1º e 2 de junho, por um “monstro móvel” gigantesco e inflável, o Vírus 880 (que é o número de sacolas plásticas que cada brasileiro joga no lixo todos os anos).
Para Godoy, o resultado da intervenção artística foi altamente positivo, por despertar a consciência ecológica nas pessoas. “Isso é necessário para que a vida, nossa e de nossos filhos e netos, possa ter uma qualidade cada vez melhor”, acredita.
Lixo urbano
Atenta à destinação do lixo e do entulho produzidos no Município, a Câmara Municipal já realizou três audiências públicas, solicitadas pelo vereador Sérgio Fernando, para debater a questão.
A primeira, no final do ano passado, tratou do fechamento do aterro sanitário da capital, na BR 040. Para o parlamentar, esta foi uma decisão acertada, pois a saturação do espaço não permitia novos despejos. No entanto, a decisão acabou gerando novos problemas para a população.
Desde seu fechamento, todo o lixo doméstico produzido na capital vem sendo despejado no Aterro Macaúbas, em Sabará, e o aumento do custo do descarte tem, segundo o vereador, levado ao aumento do número de bota-foras clandestinos em Belo Horizonte.
Uma terceira audiência foi requerida pelo parlamentar depois da informação sobre uma demanda judicial que poderia agravar ainda mais o problema: uma Ação Popular impediu a renovação da licença ambiental do Macaúbas, que continua a funcionar graças a uma liminar.
O vereador afirma que o envio de lixo para outras cidades não é a melhor solução e envolve um raciocínio perigoso: “hoje estamos enviando, mas e se passarmos a receber o lixo de outras cidades?” questionou. O vereador já protocolou um projeto de lei que proíbe o Município de receber lixo proveniente de outros locais.
Reciclagem
Arnaldo Godoy lembrou que, além da destinação do lixo, é o sistema de produção que deve ser repensado: pesquisa de novos materiais e embalagens, investimento em tecnologias para redução e tratamento de resíduos, maximização do reaproveitamento e da reciclagem.
Para ele, o modo de produção capitalista gera um volume gigantesco de resíduos e não haverá solução, em qualquer cidade do mundo, que não passe por essa revisão de valores e hábitos de consumo por toda a sociedade.
Sérgio Fernando apontou o problema da saturação da capacidade de reciclagem do município, afirmando que de nada adianta aumentar o recolhimento se não há estrutura na cidade para processar e reaproveitar o material. O vereador acredita que tão importante quanto promover a coleta seletiva é preparar a indústria para a reciclagem.
Responsável pelas Informações: Superintendência de Comunicação Institucional.